Agitação e placidez: os muitos movimentos do jarê contemporâneo

Autores

  • Gabriel Banaggia Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

O jarê é uma religião de matriz africana existente somente na Chapada Diamantina, Bahia. Esse artigo parte da consideração da participação de fiéis de uma religião que já foi concebida como tipicamente rural em circuitos que uma perspectiva extrínseca consideraria serem estranhos ao jarê, envolvendo plateias mais amplas e experiências para as quais não teriam precedentes. De um lado, percebe-se como em seu próprio surgimento o jarê já aparece como um desenvolvimento negociado com muitas outras forças em ação, conciliando movimentos de agitação e de placidez. De outro, nota-se como o povo do jarê continua a ocupar papeis de protagonismo nos processos contemporâneos, ativamente buscando ou rejeitando as posições em que é colocado e se coloca, produzindo da melhor forma possível as condições para que continue a realizar as cerimônias que são partes essenciais de suas vidas.

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Biografia do Autor

Gabriel Banaggia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ), instituição onde cursou também o mestrado e doutorado. Especialista em religiões de matriz africana, populações afro-brasileiras e políticas de ação afirmativa.

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Publicado

2017-11-22