A morosidade do fim desencadeia o Estado de exceção
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.40847Palavras-chave:
Agamben, estado de exceção, κατέχονResumo
O Estado de exceção surge como núcleo central da história do direito e do poder soberano. Com a ideia de estado de exceção (C. Schmitt) e tempo messiânico (W. Benjamin), e a apropriação da metodologia foucaultiana, G. Agamben articula o projeto Homo Sacer. O presente artigo procura evidenciar a relação entre o surgimento do estado de exceção e a noção de κατέχον, figura essencial que aparece pela primeira vez na Segunda Epístola aos Tessalonicenses e que foi retomada por vários caminhos e de diferentes formas desde a fundação do cristianismo primitivo e a igreja até o pensamento político e filosófico do mundo moderno. Como já destacou F. L. Romandini, através do dictum paulino, boa parte da teoria política, desde o medievo até o presente, tentou fundar a legitimidade ou ilegitimidade de todo poder constituído.
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