Fenomenologia existencial na pesquisa institucional brasileira: o “caso” Nelson Saldanha

Autores

  • Mário S. F. Maia Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2019.46819

Resumo

Trata-se de pesquisa epistemológica centrada na análise da produção filosófica/científica institucional brasileira. Seu objetivo é o de verificar a viabilidade da tese interpretativa que afirma existir nos trabalhos científicos de Nelson Saldanha uma abordagem fenomenológica de base existencial. Pretendeu-se “por em prova” a tese enunciada principalmente a partir do trabalho comparativo – identificando um “tipo ideal” epistemológico de fenomenologia existencial – e da utilização do raciocínio dedutivo. Identificado o fluxo de ideias filosóficas institucionalmente mediadas no âmbito da Universidade Federal de Pernambuco, além das características epistemológicas das pesquisas de Nelson Saldanha, conclui-se pela viabilidade interpretativa da tese enunciada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mário S. F. Maia, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

Doutor em Filosofia do Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2014). Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba (2008). Professor de Filosofia do Direito da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Atualmente, dedica-se a realização de estudos de fenomenologia do direito, principalmente, a partir da interpretação de pesquisas de fundamento antropológico e sociológico sobre o campo jurídico profissional. Pesquisador líder do grupo "Observatório de práticas jurídicas:uma análise do campo profissional". 

Referências

ADEODATO, João Maurício. A retórica constitucional. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

BOURDIEU, Pierre. Esboço de autoanálise. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

CERBONE, David R. Fenomenologia. Petrópolis: Vozes, 2003.

COUTINHO, Evaldo. O lugar de todos os lugares. São Paulo: Perspectiva, 1976.

______. A subordinação ao nosso existir. São Paulo: Perspectiva, 1981.

______. A testemunha participante. São Paulo: Perspectiva, 1983.

______. Apresentação. In: SALDANHA, Nelson. Pela preservação do humano. Recife: FUNDARPE, 1993.

DILTHEY, Wilhelm. A construção do mundo histórico nas ciências humanas. São Paulo: UNESP, 2010.

FERRAZ JR., Tércio Sampaio. (ET. Al). O que é a filosofia do direito? São Paulo: Manole, 2004.

GUTHRIE, W.K.C. Os sofistas. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2007.

HEIDEGGER, Martin.. Ser e tempo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio da língua portuguesa. 5ed. Curitiba: Positivo, 2010. 2272p.

HUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica. 6ed. São Paulo: Ideias & Letras, 2006.

JUST, Gustavo. O direito como ordem e hermenêutica: a filosofia do direito de Nelson Saldanha. Revista de informação legislativa, v. 46, n. 181, p. 7-16, jan.-mar. de 2009.

LAMONT, Corliss. El humanismo como una filosofía. Buenos Aires: Claridad, 1956.

MOSER, Benjamim. Clarice. São Paulo: Cosacnaify, 2013.

REALE, Miguel. Prefácio In: SALDANHA, Nelson. Estado de direito, liberdade e garantias. São Paulo: Sugestões Literárias, 1980.

SALDANHA, Nelson. O poder constituinte: tentativa de estudo sociológico e jurídico. Recife: UFPE, 1957.

______. O problema da história na ciência jurídica contemporânea. Recife: Universitária, 1964.

______. Para uma sociologia da ciência jurídica. Revista Acadêmica da Faculdade de Direito, Recife: UFPE, v. LXV, p. 313-320, 1969.

______. A escola do Recife. Caruaru: Faculdade de Direito, 1971.

______. Velha e nova ciência do direito (e outros estudos de teoria jurídica). Recife: Universitária, 1974.

______. Legalismo e ciência do direito. São Paulo: Atlas, 1977.

______. O jardim e a praça: ensaio sobre o lado privado e o lado público da vida social e histórica. Porto Alegre: SAFE, 1986.

______. O Professor Gláucio Veiga e a teoria do estado na faculdade de Direito do Recife. Notas sobre suas monografias universitárias. In: _______; REIS, Palhares Moreira (Coord.). Estudos jurídicos, políticos e sociais: homenagem a Gláucio Veiga. Curitiba: Juruá, 2000.

______. Ordem e hermenêutica. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.

______. Da teologia à metodologia: secularização e crise do pensamento jurídico. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.

______. Sociologia do direito. 6. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008b.

_____. Pela preservação do humano: antropologia filosófica e teoria política. 2ed. São Paulo: A Girafa, 2010.

SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.

VELHO, Gilberto. Um antropólogo na cidade: ensaios de antropologia urbana. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

WOLKMER, Antônio Carlos. História do direito no Brasil. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.

Arquivos adicionais

Publicado

2019-12-16

Como Citar

Maia, M. S. F. (2019). Fenomenologia existencial na pesquisa institucional brasileira: o “caso” Nelson Saldanha. Aufklärung: Revista De Filosofia, 6(3), p.111–124. https://doi.org/10.18012/arf.2019.46819