Guerra sinalética nos termos de Baudrillard: insurreição pelos signos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v8i1.53065

Palavras-chave:

Hiper-realidade, Simulação, Sinalético, Capital, Guerra

Resumo

Como se faz uma guerra? Esta é a pergunta essencial do texto que aqui é desenvolvido acerca do pensamento político de Baudrillard, sobretudo a partir da obra intitulada A troca simbólica e a morte (L’échange symbolique et la mort, 1976). Uma resposta introdutória à questão colocada indica que guerras, nos tempos vigentes, superam o princípio de realidade a partir do uso de simulações, o que indica a construção de uma era hiper-real. O capital e os seus signos se desacoplam do mundo da representação e essa mudança no interior do sistema afeta diretamente o trabalho, que se dissemina na sociedade após perder o seu caráter fabril.  Baudrillard, desde a década de 70, anuncia que o modo de guerrear politicamente volatilizou-se de forma tão ampla, que os embates atuais precisam se direcionar contra o capital sinalético. O objetivo deste texto, nesse sentido, é discutir e exemplificar modos de insurgência guiados por simulações e por dispersão de signos.

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Biografia do Autor

Rodrigo Amorim Castelo Branco, Universidade de Brasília - UnB.

Doutorando em Filosofia na Universidade de Brasília - UnB. Mestre em Filosofia pela Universidade de Brasília - UnB (2018). Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília - UCB (2011). Estuda a questão das modulações metafísicas na história da filosofia a partir da fenomenologia de Heidegger. Temas de interesse: a essência da verdade no pensamento grego, predicação e cálculo na modernidade e os contramovimentos à metafísica na contemporaneidade. Na tese de doutorado (Gelassenheit: o traço essencial do pensamento heideggeriano) discuto sobre o sentido originário de Gelassenheit, demonstrando de que modo ela é a disposição fundamental do pensamento de Heidegger e como perpassa as suas meditações acerca do desvelamento da verdade grega até as suas reflexões relativas ao esquecimento e ao encobrimento do ser que se dão na história do pensamento ocidental até a era nuclear.

Referências

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Publicado

2021-05-25

Como Citar

Castelo Branco, R. A. (2021). Guerra sinalética nos termos de Baudrillard: insurreição pelos signos. Aufklärung: Revista De Filosofia, 8(1), p.103–120. https://doi.org/10.18012/arf.v8i1.53065

Edição

Seção

Artigos