A filosofia como espiritualidade ou singularização do homem em Kierkegaard: o si-mesmo (Selv) como espírito (Aand)
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v7iesp.56735Palavras-chave:
Kierkegaard, Si-mesmo (Selv), Espírito (Aand)Resumo
O objetivo do presente trabalho é apresentar a perspectiva da filosofia de Kierkegaard como espiritualidade ou singularização do homem. Todo o projeto filosófico, edificado através do método da comunicação indireta, quer dizer, mediante o medium das obras pseudônimas e obras assinadas, são dialeticamente pensadas para tornar o homem atento, ou conduzi-lo ao vir-a-ser do que se é. Isto significa que a produção filosófica de Kierkegaard visa o homem que vive na não-verdade, na inautenticidade, na a-espiritualidade para que, através dos pseudônimos, possa mobilizá-lo a pôr-se no movimento existencial de sua espiritualidade. Espiritualidade, aqui, significa apropriação do espírito, quer dizer, viver a existência desde a perspectiva ou abertura do espírito enquanto sintetização dos elementos constitutivos da ontologia do homem. Os chamados estádios existenciais só recobram sentido enquanto e como fundamentação filosófica do si-mesmo (Selv), quer dizer, do devir espiritual do homem. Esta singularização do homem, retirando-o da não-verdade ou a-espiritualidade (Selv como Individ), torna-o um Indivíduo Singular (Selv como den Enkelte).
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Referências
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