A falência do ideal ascético e a busca por sentido na existência como eixo da Genealogia da moral

Autores

  • Sérgio Gonçalves Ferreira Universidade Católica de Pernambuco
  • Marcus Túlio Caldas Universidade Católica de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v7iesp.56770

Palavras-chave:

Genealogia da moral, sentido da vida, ascetismo, niilismo, além do homem

Resumo

O presente artigo assume como hipótese que a análise do sentido da vida é fundamental na filosofia nietzschiana. A argumentação baseia-se no estudo da Genealogia da moral, particularmente no exame da terceira dissertação deste livro, mas registrando que as duas primeiras dissertações constroem as bases que vão permitir a ênfase de Nietzsche na questão do sentido da vida. Nossa linha reflexiva segue a do filósofo, partindo como ele da crítica aos ideais ascéticos e colocando o olhar nos comportamentos dos artistas, dos filósofos, dos sacerdotes e dos cientistas. Chega ao conceito do niilismo, que denota o desespero do ser humano, ao não encontrar resposta para a aparente falta de objetivo na sua vida. No niilismo a vontade de verdade esbarra no vazio, levando Nietzsche a constatar a motivação para a existência do ideal ascético, qual seja, a razão está no afastamento que esse ideal promove do vácuo existencial, o qual, para o filósofo, na nossa percepção, representa o temor humano fundamental.

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Biografia do Autor

Sérgio Gonçalves Ferreira, Universidade Católica de Pernambuco

Doutorando em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Marcus Túlio Caldas, Universidade Católica de Pernambuco

Médico psiquiatra, doutor em psicologia pela Universidade de Deusto - Espanha, professor do curso de psicologia, graduação e pós-graduação, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Referências

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Arquivos adicionais

Publicado

2020-12-17

Como Citar

Ferreira, S. G., & Caldas, M. T. (2020). A falência do ideal ascético e a busca por sentido na existência como eixo da Genealogia da moral. Aufklärung: Revista De Filosofia, 7(esp), p.109–124. https://doi.org/10.18012/arf.v7iesp.56770