Ensaio sobre a formação e adaptação em Adorno
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v8i3.57863Palavras-chave:
Formação da subjetividade, Educação para adaptação, Sujeito autônomo, Dominação, Operador do saber científicoResumo
O presente artigo considera a questão da formação e adaptação no contexto da sociedade burguesa, analisada à luz do pensamento de Theodor W. Adorno (1903-1969), sobretudo, nos textos: Educação e emancipação (1995); Teoria da semicultura (1996) e Dialética do esclarecimento (1985), tendo por finalidade expor os condicionantes inerentes ao sistema capitalista que corroboram para a saída do homem da tutela da autoridade divina, sem, no entanto, chegar efetivar autonomia, no sentido kantiano, para se autogovernar. Tal sociedade elege o saber científico, potencializado pela racionalidade técnico-instrumental, como a única forma de saber válida que forja um tipo de subjetividade cujo pensamento é coisificado. A educação se vincula aos interesses do sistema capitalista para formar operadores do saber científico para produzir mercadorias, sem as devidas preocupações com as reflexões críticas sobre a vida marcada pela exploração e desigualdades presentes no seio da sociedade.
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