A figura de Eichmann e a faculdade do pensar em Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v8i3.60727Palavras-chave:
banalidade, holocausto, julgamento, mal, pensamentoResumo
Em sua obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, Hannah Arendt (1999) analisa o julgamento de Adolf Eichmann – um ex-oficial do regime nazista responsável pela deportação dos judeus europeus durante o Holocausto, que, por sua vez, se tornou um perito na questão judaica. Durante o seu julgamento, a autora destaca a sua incapacidade de fugir dos clichês burocráticos e sua conspícua superficialidade em condutas convencionais e padronizadas. Diante dessa figura, Arendt se espanta (thaumazein) com a ausência de pensamento nele existente: a falta de parar para pensar. Esse espanto levou Arendt a questionar se teria sido a ausência de pensamento uma das condições capazes de levar o homem a fazer o mal. Nessa perspectiva, este trabalho busca analisar a relação conflitante entre o mal que se torna banal, expresso na figura de Eichmann, e a faculdade humana de pensar, no sentido de se evitarem catástrofes.
Downloads
Referências
Referências
ABRANCHES, Antônio. Introdução – Uma herança sem testamento. In: ARENDT, Hannah. A Dignidade da Política. Tradução Helena Martins Frida Coelho, Antônio Abranches, César Almeida, Cláudia Drucker e Fernando Rodrigues. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993. p. 7-14.
ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. Tradução Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
ARENDT, Hannah. A Dignidade da Política. Tradução Helena Martins Frida Coelho, Antônio Abranches, César Almeida, Cláudia Drucker e Fernando Rodrigues. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993.
ARENDT, Hannah. The Human Condition. Chicago: University of Chicago Press, 1998.
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Tradução José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
ARENDT, Hannah. A Vida do Espírito – O pensar, o querer, o julgar. Tradução Antônio Abranches, César Augusto de Almeida e Helena Martins. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
CORREIA, Adriano. Arendt e Kant: banalidade do mal e mal radical. Argumentos, Fortaleza, n. 9, p. 63-78, 2013. Disponível em: <http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/23746>. Acesso em: 19 jan. 2021.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. Tradução Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 4. ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2015.
SCHIO, Sônia Maria. Hannah Arendt: o mal banal e o julgar. Veritas, Porto Alegre, v. 56, n. 1, p. 127-136, 2011. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/veritas/article/view/9297/6407>. Acesso em: 8 jan. 2021.
SOUKI, Nádia. Hannah Arendt e a banalidade do mal. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:
1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. Esta licença pode ser lida no link a seguir: Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
2.Consonante a essa politica, a revista declara que os autores são os detentores do copyright de seus artigos sem restrição, e podem depositar o pós-print de seus artigos em qualquer repositório ou site.
Política de Direito de Uso dos Metadados para informações contidas nos itens do repositório
1. Qualquer pessoa e/ou empresa pode acessar os metadados dos itens publicados gratuitamente e a qulquer tempo.
2.Os metadados podem ser usados sem licença prévia em qualquer meio, mesmo comercialmente, desde que seja oferecido um link para o OAI Identifier ou para o artigo que ele desceve, sob os termos da licença CC BY aplicada à revista.
Os autores que têm seus trabalhos publicados concordam que com todas as declarações e normas da Revista e assumem inteira responsabilidade pelas informações prestadas e ideias veiculadas em seus artigos, em conformidade com a Política de Boas Práticas da Revista.