O sentido das paixões e emoções: Hume

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v10i1.64248

Palavras-chave:

História Moderna, Sentimentos, Percepções, Empirismo

Resumo

Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica crítica sobre as características centrais da Teoria das Paixões e Emoções de Hume, que concebeu a filosofia da natureza humana como uma ciência analítica e experimental. Essa visão é contrária à ideia antiga e medieval de que as paixões eram movimentos das partes inferiores da alma. Para Hume, as paixões em geral estão entre as percepções da mente, embora também sirvam como motivações para agir e mesmo para raciocinar. A aparente dicotomia que existia entre paixões e razão foi abandonada e a razão foi tratada como uma paixão calma. Dessa forma, Hume destronou a razão de sua posição soberana no conhecimento. Para ele, as paixões não são subordinadas e nem são independentes da razão; a razão é que é subordinada às paixões.

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Biografia do Autor

Frederico Ramalho Romero, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorado em Filosofia (2018-2023) na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Campus Toledo. Graduação em Medicina (1993-2000) na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e em Direito (2016-2020) no Centro Universitário da Faculdade Assis Gurgacz (FAG); Residência Médica em Cirurgia Geral (2001-2003) e Urologia (2003-2005) na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP); Research Fellowship em Endourologia e Laparoscopia (2005-2006) na Johns Hopkins University (JHU); Mestrado (2007-2008), Doutorado (2009-2012) e pós-Doutorado (2014-2015) em Medicina (Clínica Cirúrgica) na UFPR.

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Arquivos adicionais

Publicado

2023-06-26

Como Citar

Romero, F. R. (2023). O sentido das paixões e emoções: Hume. Aufklärung: Journal of Philosophy, 10(1), p.89–108. https://doi.org/10.18012/arf.v10i1.64248

Edição

Seção

Artigos