TRANSPARÊNCIA NO ACESSO À INFORMAÇÃO E AS MEMÓRIAS VIRTUAIS DA DITADURA MILITAR NO SITE BRASIL: NUNCA MAIS DIGIT@L
Resumen
O presente estudo aborda a transparência no acesso às informações sobre acontecimentos históricos que compõem as memórias individuais e coletivas, por meio da construção das memórias virtuais para o fortalecimento da democracia. Objetiva analisar a transparência nas informações contidas no site Brasil: Nunca Mais Digit@l sobre os processos judiciais que tramitaram na Justiça Militar em relação aos cidadãos que se manifestaram contra a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Apresenta uma discussão teórica sobre a importância da transparência no acesso à informação e a recomposição das memórias coletivas, a partir de memórias virtuais. Estudo qualitativo realizado no primeiro semestre de 2015 que utiliza análise de conteúdo para analisar o site Brasil: Nunca Mais Digit@l, que disponibiliza um acervo dos processos judiciais movidos contras os cidadãos durante a ditadura militar. Conclui que o site é um espaço virtual facilitador na transparência do acesso às informações sobre os processos judiciais, o que auxilia no conhecimento dessas memórias coletivas, busca por cidadania e ampliação do processo democrático.Descargas
Citas
BABO-LANÇA, I. Acontecimento e memória. In: FRANÇA, V. R.; OLIVEIRA, L. Acontecimento: reverberações. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
BRASIL: NUNCA MAIS DIGIT@L. 2013. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2015.
CAPURRO, R.; HJORLAND, B. O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 9. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
CASTRO, A. L. S. O valor da informação: um desafio permanente. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, jun. 2002. Disponível em: < www.dgz.org.br/jun02/Art_02.htm >. Acesso em: 29 mar. 2015.
COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE. 2012. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2015.
DI FELICE, M. Network society (Sociedade em rede): da esfera pública para a conectividade. In: MARCHIORI, M. (Org.). Sociedade, comunidade e redes. São Caetano do Sul: Difusão; Rio de Janeiro: Editora Senac Rio de Janeiro, 2014.
GASTAL, S. Alegorias urbanas: o passado como subterfúgio. São Paulo: Papirus, 2006.
GONDAR, J. Quatro proposições sobre memória social. In: ______; DODEBEI, V. (org.). O que é memória social? Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2005.
LEAL, B. S.; ANTUNES, E. O acontecimento como conteúdo: limites e implicações de uma metodologia. In: ______; VAZ, P. B. (Org.). Jornalismo e acontecimento: percursos metodológicos. Florianópolis: Insular, 2011.
LE COADIC, Y. F. A Ciência da Informação. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 1996.
MARTELETO, R. M. Redes e configurações de comunicação e informação: construindo um modelo interpretativo de análise para estudo da questão do conhecimento na sociedade. Investigatión Bibliotecológica, México, v. 14, n. 29, p. 69 - 94, jul./dic. 2000.
______. Cultura, educação, distribuição social dos bens simbólicos e excedente informacional. Informare: Cad. Prog. Pós-Grad. Ci. Inf., Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 11-23, jul./dez. 1995.
MEZAN, R. Esquecer? não: in-quecer. Disponível em: < http://nupsi.org/wpcontent/uploads/2013/08/Renato_Mezan_-_Esquecer_In-Quecer.pdf >. Acesso em: 14 abr. 2015.
PAVLIK, J. A tecnologia digital e o jornalismo: as implicações para a democracia. Brazilian Journalism Research, Brasília, v. 7, n. 11, 2011.
PLAISANCE, P. L. Ética na comunicação: princípios para uma prática responsável. Porto Alegre: Artmed, 2011.
POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.
______. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.
RAMONET, I. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.