A arte da boa morte
Luto, tradução e anacronismo em Adaptation
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-5930.2019v12n1.43407Palavras-chave:
Adaptação, Tradução intersemiótica, Cinema, Literatura, Spike JonzeResumo
O trabalho elabora questionamentos sobre os processos de tradução intersemiótica e adaptação fílmica presentes no longa-metragem Adaptation (2002). Interessa-nos discutir como a problemática da tradução reverbera na escrita da narrativa fílmica, buscando pensar os processos tradutores, nos quais situamos a adaptação, como poética sincrônica, que borra as fronteiras entre regimes estéticos distintos, notadamente entre sistemas de signos verbais e visuais. O filme, dirigido por Spike Jonze e roteirizado por Charlie Kaufman, é uma adaptação do livro-reportagem O Ladrão de Orquídeas (The Book Thief, 1998) da jornalista norte-americana Susan Orlean. O longa acompanha o personagem Charlie Kaufman (homônimo ao roteirista) na tarefa de adaptar o livro para o cinema, trabalho que leva o protagonista a defrontar-se com o problema da intraduzibilidade, evocada no filme pela noção de luto e pela aparição da figura do duplo.
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