Viver para trabalhar:

o realismo capitalista de Ruptura (2022)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2023v20n.67811

Palavras-chave:

Ficção científica., Distopia., Crítica cultural, Análise fílmica, Realismo capitalista

Resumo

Esse artigo pretende analisar a série distópica Ruptura (2022), criada por Dan Erickson e produzida pela plataforma de streaming AppleTV+, partindo de a suposição desta obra servir como um comentário impactante sobre o estado do trabalho moderno através do gênero ficção científica. Para tanto, irá conceituar primeiro o que seria narrativa de distopia e, em seguida, trazer os conceitos recentes de crítica cultural, como o capitalismo tardio de Mandel (1982) e o realismo capitalista de Fisher (2020). A partir do entrecruzamento entre essas conceituações, interpreta-se a série como uma alegoria de quando a geração de capital assume a dimensão psicológica de ser a única realidade possível, ao mesmo tempo que também aspira responder sobre a possibilidade de criticar o capitalismo através da criação de produtos mercadológicos impactantes e refletir as implicações da organização desse discurso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bernardo Demaria Ignácio Brum, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Mestre e Doutorando em Comunicação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Referências

CLUTE, John; NICHOLLS, Peter. The encyclopedia of science fiction. Nova York: St. Martin, 1995.

FISHER, Mark. Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? São Paulo: Autonomia Literária, 2020.

GALLUCCI, Nicole. Meet the cinematographer who helped make 'Severance' so stunning. 07 jun. 2022. Disponível em: <https://mashable.com/article/severance-cinematographer-jessica-lee-gagne-interview>. Acesso em: 09 mar. 2023.

HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 17. ed. São Paulo: Loyola, 2008.

HILÁRIO, Leomir Cardoso. Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 18, ed. 2, p. 201-215, 2013.

ISAACSON, Walter. Why Elon Musk will go down in history. 13 dez. 2021. Disponível em: <https://time.com/6127750/elon-musk-history-innovators/>. Acesso em: 09 mar. 2023.

LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento humano. – Livro II. 27 da identidade e da diversidade. Tradução de Flavio Fontenelle Loque. Sképsis, v. 8, n. 12, 2015, 169-188.

LÖWY, Michael. Barbárie e Modernidade no século XX. In: LÖWY, Michael; BENSAID, Daniel. Marxismo, modernidade e utopia. São Paulo: Xamã, 2000.

MANDEL, Ernest. O capitalismo tardio. São Paulo: Abril, 1982.

NAYAK, Malathi. Tesla investor sues Elon Musk for fostering ‘toxic’ workplace culture of discrimination and harassment. 17 jun. 2022. Disponível em: <https://fortune.com/2022/06/17/tesla-lawsuit-elon-musk-sued-over-toxic-workplace-culture-discrimination-harassment/>. Acesso em: 09 mar. 2023.

PORTILLA, Daniel. Cinema & Arquitetura: "Play Time". 12 jul. 2013. Tradução: Naiane Marcon. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-126458/cinema-and-arquitetura-play-time>. Acesso em: 19 dez. 2023.

SORRENTINO, Eduardo. Trabalho escravo: Apple é envolvida em novas denúncias de mão de obra forçada na China. 10 mai. 2021. Disponível em: <https://olhardigital.com.br/2021/05/10/videos/trabalho-escravo-apple-e-envolvida-em-novas-denuncias-de-mao-de-obra-forcada-na-china/>. Acessado em 10 de março de 2023.

VAIANO, Bruno. Como reconhecer uma distopia? 28 nov. 2016. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/11/como-reconhecer-uma-distopia.html>. Acesso em: 15 jul. 2022.

WEBSTER, Andrew. The weird computers and claustrophobic hallways of Severance. 07 abr. 2022. Disponível em: <https://www.theverge.com/23013413/severance-apple-tv-plus-production-design-computers>. Acesso em: 15 jul. 2022.

Downloads

Publicado

2023-12-22

Como Citar

BRUM, B. D. I. Viver para trabalhar:: o realismo capitalista de Ruptura (2022). Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 20, p. 61–80, 2023. DOI: 10.22478/ufpb.2763-9398.2023v20n.67811. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/cm/article/view/67811. Acesso em: 22 dez. 2024.