Viver para trabalhar:
o realismo capitalista de Ruptura (2022)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2023v20n.67811Palavras-chave:
Ficção científica., Distopia., Crítica cultural, Análise fílmica, Realismo capitalistaResumo
Esse artigo pretende analisar a série distópica Ruptura (2022), criada por Dan Erickson e produzida pela plataforma de streaming AppleTV+, partindo de a suposição desta obra servir como um comentário impactante sobre o estado do trabalho moderno através do gênero ficção científica. Para tanto, irá conceituar primeiro o que seria narrativa de distopia e, em seguida, trazer os conceitos recentes de crítica cultural, como o capitalismo tardio de Mandel (1982) e o realismo capitalista de Fisher (2020). A partir do entrecruzamento entre essas conceituações, interpreta-se a série como uma alegoria de quando a geração de capital assume a dimensão psicológica de ser a única realidade possível, ao mesmo tempo que também aspira responder sobre a possibilidade de criticar o capitalismo através da criação de produtos mercadológicos impactantes e refletir as implicações da organização desse discurso.
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