A interseccionalidade e o entrecruzamento das identidades estruturais nas interações comunicativas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-5930.2020v13n1.46732

Resumo

Este artigo oferece uma aproximação entre a abordagem interseccional e o modelo relacional da Comunicação, discutindo como as categorias identitário-estruturais de privilégio e subalternidade interagem e se entrecruzam de modo a complexificar as relações sociais. Para isto, são discutidas algumas das contribuições do pensamento feminista negro na elaboração da interseccionalidade, demonstrando a insuficiência da abordagem em eixos isolados para apreender as formas como as categorias de poder permeiam a sociedade. O artigo argumenta que, precisamente por centralizar como os eixos de poder emergem na experiência dos sujeitos em sua vida social, a interseccionalidade oferece um rico quadro analítico para compreender as interações entre sujeitos; as formas de representação, produção cultural e narrativas midiáticas; e o pano de fundo que ambienta as relações sociais.

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Biografia do Autor

Lucianna Furtado, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social (PPGCom) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrante do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero (CORAGEM) na mesma instituição. 

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Publicado

2020-09-30

Como Citar

FURTADO, L. A interseccionalidade e o entrecruzamento das identidades estruturais nas interações comunicativas. Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 111–128, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1983-5930.2020v13n1.46732. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/cm/article/view/46732. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Comunicação, Gênero e Raça