Retenção e evasão na educação superior: o caso do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal da Paraíba

Autores

Palavras-chave:

Evasão; Retenção; Educação Superior; Engenharia Civil.

Resumo

O presente artigo apresenta resultados de uma pesquisa que teve por objetivo explorar os fatores que influenciam a retenção e a evasão de discentes do curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal da Paraíba durante o período 2013 a 2022. O referencial teórico está fundamentado em discussões sobre os principais conceitos e fatores desses fenômenos e para isso, recorreremos a Mancebo (2015), Silva Filho et al. (2007), Cardoso (2008) e também ao Relatório da Comissão Especial do Ministério da Educação (1997), dentre outros. A pesquisa é um estudo de caso de abordagem qualitativa e quantitativa com característica descritiva. O intervalo delimitado permitiu analisar dezoito períodos letivos entre 2013.1 a 2021.2. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários aplicados a estudantes que evadiram e aos que estavam em situação de retenção prolongada. Além disso, foram realizadas entrevistas com docentes que ministravam aulas para o curso. A análise dos dados foi baseada na técnica de análise de conteúdo de Bardin. Como resultado, verificou-se que a evasão se trata, na maioria dos casos, de evasão aparente e que as principais causas são decorrentes da falta de interesse pelas disciplinas e/ou pelo curso (60,5%), falta de adaptação (53,5%) e por descontentamento com o curso escolhido (51,2%). Quanto aos discentes retidos, viu-se que a maioria está cursando entre o 10º ao 11º período letivo, e as causas para a retenção estão relacionadas a fatores como: o curso ser em horário integral (57,1%), a desvalorização e a falta de perspectivas com a profissão (47,6%), e também a situações decorrentes da Pandemia de Covid-19 (58%).

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Biografia do Autor

Daniel Dias dos Santos, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Políticas Públicas, Gestão e Avaliação da Educação Superior, pela Universidade Federal da Paraíba. Possui especialização em Gestão Pública pela Faculdade Educacional da Lapa, FAEL (2019) e graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Paraíba, UFPB (2013).

Maria da Salete Barboza de Farias, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (1978), graduação em Licenciatura em Psicologia pela UFPB (1982), Formação de Psicólogo pela UFPB (1983); especialização em Pesquisa Educacional -UFPB (1987), mestrado em Educação pela UFPB (1994) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2006). Pós doutorado (estágio senior) com instância na Universidade Federal de Goiás -UFG e Universidad de Valência (2018). Atualmente é professora Titular da UFPB com atuação na graduação e na pós-graduação (PPGAES). Tem experiência na área de Educação Básica e Superior, atuando nos seguintes temas: políticas educacionais; acesso e permanência; gestão educacional; Foi vice-presidente da ANPAE- Regional Nordeste (2011-2013 e 2013-2015). É associada à ANPED, ANPAE e SBEC. Atualmente é vice-diretora estadual da ANPAE.

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Publicado

2024-05-14

Como Citar

DIAS DOS SANTOS, D.; BARBOZA DE FARIAS, M. da S. Retenção e evasão na educação superior: o caso do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal da Paraíba. Revista Educare (Online), [S. l.], v. 10, p. 1–20, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/educare/article/view/70172. Acesso em: 22 nov. 2024.