Sociedade Global e Movimentos Sociais em Rede: Expansão da Democracia?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1678-2593.2017v16n31.34017

Palavras-chave:

Globalização, Movimentos Sociais, Democracia

Resumo

Os movimentos sociais, no seio de uma sociedade globalizada, buscam promover suas necessidades e prioridades, utilizando-se de mecanismos contemporâneos para difundir suas premissas democráticas. O objetivo deste artigo é examinar as reivindicações dos movimentos sociais em rede a partir da consolidação da globalização no final do século XX e início do século XXI, diante do contexto de um mundo cada vez mais interconectado e democrático, mas fragmentado. O estudo demonstrou que os movimentos sociais se manifestam em redes sociais, multiplicando seu campo de atuação. Os mesmos também contribuem para uma democracia mais abrangente e que se utiliza das manifestações em rede na luta por questionamentos locais, regionais ou mundiais. Conclui-se que as redes de movimentos sociais adquiriram mais proeminência, mas há dúvidas e questionamentos quanto aos reflexos e a importância da atuação desses movimentos na promoção e expansão da democracia. A influência da globalização nos movimentos sociais condensou a realidade atual por meio de uma nova plataforma de expansão de atividades denominada hoje de internet, concomitantemente com as investidas de ordem física e humana como passeatas e ocupações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Alberto Antunes de Miranda, Unilasalle Canoas

Possui graduação em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1996), Especialização em Integração e Mercosul pela UFRGS (1999), Mestrado em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e Doutorado em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS (2012). Atualmente é Assessor de Assuntos Interinstitucionais e Internacionais e professor permanente do Mestrado em Direito e Sociedade além de integrar o corpo docente do Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário La Salle. Tem experiência na área de Relações Internacionais, com ênfase em Política Externa e Análise da Política Externa, Integração Regional, Organizações Internacionais, Direito Internacional, Constituição e Relações Exteriores e Internacionalizacão da Educação Superior.

Moisés Noé de Fraga

Graduado em Direito em fevereiro de 2009 pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. Aprovado no Exame da Ordem no mesmo ano, tendo recebido a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil em março de 2010. Advogado Dativo na Comarca de Vera Cruz desde 2010. Foco principal na atuação junto ao interior, sendo que atualmente possui 2 escritórios em atividade. Pós-graduando em Processo Civil. Especialista em Direito Previdenciário (Unilasalle/OAB/RS). Mestrando em Direito pela Unilasalle/Canoas-RS. Advogado militante em especial na área Previdenciária, Família, Sucessões, Consumidor, Público, JECivel, JECrime, mas buscando ampliar a atuação nos ramos do direito Trabalhista e Criminal.

Referências

ARNAUD, André-Jean. (Org.). Globalização e Direito I: impactos nacionais, regionais e transnacionais. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.

BRINGEL, Breno; ECHART, Enara. Movimentos Sociais e Democracia: os dois lados das “fronteiras”. Caderno CRH, Salvador, v. 21, n. 54, p. 457-475, Set./Dez. 2008.

CASTELLS, Manuel. Redes de Indignação e Esperança: movimentos sociais na era da internet. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

COSTA, Elizardo Scarpati. Movimentos Sociais Latino-Americanos: “A chamada dos movimentos campesino-indígenas bolivianos”. Coimbra: 2009. Disponível em: <https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/12283/1/Tese%20de%20Mestrado%20versao%20final%20.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016.

FALCÃO, J. Mensalão. Diário de um Julgamento. Supremo, Mídia e Opinião Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013

FLYNN, P. Braziland Lula, 2005: crisis, corruption and change in political perspective. Third World Quarterly, 26 (8), 1221-1267, 2005

GEDDES, B., RIBEIRO NETO, A., Institucional Sources of Corruption in Brazil. Third World Quarterly, 13 (4), 641-661, 1992.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil

contemporâneo. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

GOHN, Maria da Glória. Novas Teorias dos Movimentos Sociais. 5. Ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014.

HELD, David; MCGREW, Anthony. Prós e Contras da Globalização. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro, 2001.

IANNI, Octavio. A era do globalismo. 4. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

JULIOS-CAMPUZANO, Alfonso de. Trad. Clovis Gorczevski. Os Desafios da Globalização: modernidade, cidadania e direitos humanos. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2008.

LUHMAN, N. Das Recht der Gesellschaft. Frankfurt: Suhrkampf, 1997

MAIR, Peter. Ruling the Void: the hollowing of Western Democracy. London. Verso. 2013.

PETRY, Almiro. Os movimentos sociais na América Latina. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Formação Humanística. Eixo: América Latina. 2008. Disponível em: .Acesso em: 1 nov. 2016.

QUITRAL, Máximo. RIQUELME, Jorge. (Coord.) Prólogo: MEZA, Raúl Bernal. Integración y Democracia en América Latina.Santiago: RIL editores, 2016.

OLIVEIRA, Miguel. Cidadania e Globalização: a politica externa brasileira e as ONGs. Brasília: Ed. Fundação Alexandre de Gusmão, 1999.

SCOTT, A. Ideology and the New Social Movements. London: Unwin Hyman, 1990.

SCHWARTZ, Germano; ALMEIDA, Renata; FLECK, Alexandre. How does football influence the political system and juridify social movements? Em Onati Socio-legal Series, v.6, n.3, pgs. 857-876, 2016. Disponível em: <http://opo.iisj.net/index.php/osls/article/viewFile/469/913> Acesso em 27 de Maio 2017.

SCHERER-WARREN, Ilse. Redes de Movimentos Sociais na América Latina: caminhos para uma política emancipatória? Cad. CRH vol.21 no. 54 Salvador Set./Dec. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792008000300007>. Acesso em: 07 set. 2016.

SILVA, Maria Lúcia Carvalho da et al . Movimentos sociais e redes: reflexões a partir do pensamento de Ilse Scherer-Warren. Serv. Soc. Soc., São Paulo , n. 109, p. 112-125, Mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010166282012000100007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2017.

TOURAINE, A. The Waiting Sociological Image of Social Life.International Journal of Comparative Sociology, 25, 1-3: pgs. 33-44.

VANDEN, Harry E. Novos movimentos sociais, globalização e democratização: a participação do MST. Revista Nera, ano 12, Nº. 14, jan.-jun. 2009.

VIEIRA, Liszt. Cidadania e globalização. Rio de Janeiro: Record, 1997.

WELLMAN, Barry and MILENA, Gulia. Virtual Communities as Communities, em Marc A. Smithand Peter Kollock (eds), Communities in Cyberspace. London: Routledge, 1999.

WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 9. Ed. Rev. Atual. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2015.

WOLKMER, Antonio Carlos.Pluralismo jurídico: fundamentos de uma nova cultura do direito. 4. Ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2015.

Downloads

Publicado

2017-06-15

Como Citar

DE MIRANDA, J. A. A.; DE FRAGA, M. N. Sociedade Global e Movimentos Sociais em Rede: Expansão da Democracia?. Prim Facie, [S. l.], v. 16, n. 31, p. 01–27, 2017. DOI: 10.22478/ufpb.1678-2593.2017v16n31.34017. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/primafacie/article/view/34017. Acesso em: 18 nov. 2024.