(EN) A regulação da imigração como uma questão social: da cidadania inclusiva à neoescravidão
Palavras-chave:
Immigration, Neo-Slavery, ItalyResumo
Hoje, os estados nacionais não mais precisam edificar e cuidar de suas populações enquanto requisito para assegurar seu poder. Eles simplesmente podem selecionar ondas de migrantes (enquanto cidadãos) por meio da regulação de entradas e expulsões. A democracia, que foi caracterizada por mais de dois séculos pelo seu potencial de inclusão social, se tornou nas sociedades ocidentais um dispositivo de exclusão em que a classe “estabelecida” regula acessos aos direitos por meio de políticas migratórias e prisões. Este é o contexto da migração italiana que, pela produção da impossibilidade virtual da entrada de trabalhadores imigrantes, cria um mecanismo que opera no maior ou na menor irregular presença dos imigrantes e também em qualquer evento que produz seu status inteiramente incerto, forçando-lhe uma vida sobressaltada pela possibilidade de voltar para a irregularidade. No custo social e político desta ilegalidade difusa, esta opção autoriza a exploração de pessoas migrantes em regime neoescravidão. Em muitos setores, da construção à agricultura e serviço doméstico, os migrantes – tanto irregulares ou perpetuamente sujeitos à chantagem da irregularidade – aceitam trabalhar por salários irrisórios que podem chegar à metade do mínimo legal. Na Itália em particular, todo o setor de assistência para dependentes está baseado na neoescravidão dos migrantes.Downloads
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Publicado
2011-12-05
Como Citar
SANTORO, E. (EN) A regulação da imigração como uma questão social: da cidadania inclusiva à neoescravidão. Prim Facie, [S. l.], v. 10, n. 18, p. 119–177, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/primafacie/article/view/4242. Acesso em: 12 nov. 2024.
Edição
Seção
Corpus