A CRÍTICA IDEALISTA DE RUSSELL À GEOMETRIA KANTIANA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v8i3.33299Palavras-chave:
Russell, Kant, Geometria, apoditicidade, idealismoResumo
Buscamos aqui estabelecer um diálogo entre Russell, em sua fase idealista, e o Kant crítico, no que concerne à Geometria. O que importa neste diálogo não é tanto o destino das paralelas, e sim a fundamentação da apoditicidade. Esta discussão tem repercussões para a compreensão da lógica russelliana e suas diferenças com logicistas importantes de seu período. O estudo apresenta, em sua primeira parte, resumidamente o problema da Crítica da Razão Pura e as idéias gerais da Estética Transcendental. Em seguida, a relação desta última com a Geometria em Kant. Na segunda parte, situa o Ensaio sobre a Fundamentação da Geometria e a Lógica de Russell na fase idealista de sua obra. A crítica de Russell idealista a Kant é apresentada em forma de análise das proposições do primeiro em relação ao segundo. Russell conclui que o simples surgimento de novas geometrias não é suficiente para invalidar a estética transcendental, e sua relação com a Geometria euclidiana, em Kant. A crítica de Russell, uma vez investigado o terreno geométrico, volta-se a um ponto de vista filosófico do idealismo inglês. Para o Russell idealista de EFG, a diferença entre juízos sintéticos e analíticos dissolve-se na dialética hegeliana da parte-todo. A refutação do argumento do espaço como forma pura da sensibilidade traz para Russell a necessidade de outra fonte de justificação da necessidade, e Russell a encontra na generalização de um senso de exterioridade transcendental: não mais euclidiano, não para discriminar objetos externos ao sujeito e sim entre objetos presentes.
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Referências
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