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A TEMPORALIDADE COMO FUNDAMENTO ONTOLÓGICO EM MARTIN HEIDEGGER

Autores

  • Joel Francisco Decothé Junior Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
  • Jéferson Luís de Azeredo

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v13i2.62472

Palavras-chave:

Tempo, Heidegger, Existencial, Dasein

Resumo

O conceito de temporalidade receber por Martin Heidegger um destaque em Ser e Tempo (1927), especialmente ao longo de toda a segunda seção, nos instigando a uma importante questão: como pensar o tempo em relação ao projeto ontológico? A temporalidade aqui carrega a compreensão da própria forma da existência do ser que somos, como “lançados” no mundo (In-der-Welt-sein), como: Dasein. Busca-se a compreensão de como o Dasein se articula e enfrenta as demandas do tempo. O que passa por esta camada de sentido é o fato de que o tempo cronológico nos trava com a obnubilação desta busca pelo sentido do ser. A noção de tempo não se reduz a ação de movimento com momentos sucessivos e retilíneos, em termos de equivalência aonde se pode fazer e auferir a sua medição. O tempo, em termos heideggerianos, apresenta-se como um fenômeno existencial, e se dá sempre como um “aberto”, como possibilidade existencial. É possível uma tomada de percepção, um encontro filosófico com a questão ou apenas um insight para poucos? Como pensar o tempo como uma efetivação da realidade do ser-aí? Assim, tomaremos essas e outras questões aqui neste texto no exercício de pensar como Heidegger coloca a temporalidade como existencial e o que podemos esperar dessa mudança ontológica.

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Biografia do Autor

Joel Francisco Decothé Junior, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Mestrando em filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Bolsista Capes-Prosup. Bacharel em teologia pela Escola Superior de Teologia (EST). Licenciado em filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialização em teologia (EST).

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Publicado

23-09-2022

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Edição

Seção

Artigos