UM RETRATO (PARCIAL) DA FILOSOFIA NA ESCOLA:
DESAFIOS DIANTE DO NOVO ENSINO MÉDIO E BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v15i1.70250Palavras-chave:
Ensino de Filosofia, Ensino Médio, Políticas EducacionaisResumo
Desde a promulgação da lei 13.415/17, que instituiu o Novo Ensino Médio, a sociedade civil, docentes e especialistas vem construindo críticas em diferentes frentes. O apontamento das inconsistências e a mobilização pública abriram caminhos para sua revogação, tensionando a disputa curricular ainda vigente, com implicações para o lugar e o papel da filosofia na educação básica. Isto significa dizer que tratar da filosofia no ensino médio é ter de considerar esse pano de fundo, com seus reflexos nas produções curriculares locais. A proposta deste texto é fazer uma análise da presença da filosofia nas escolas com base em dois elementos à luz do Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular, a saber: a carga horária destinada à filosofia nas escolas e o livro didático (até então) distribuído por áreas de conhecimento pelo Plano Nacional do Livro Didático. Este é um estudo qualitativo com base em material bibliográfico e documental, organizado em: 1. Apresentação do pano de fundo pedagógico-filosófico marcado pelo conflito para 2. Análise da carga horária e o material didático na interseção entre filosofia e educação. A argumentação busca, assim, pensar o campo de atuação do ensino de filosofia, bem como possibilidades de resistência.
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