Modelos de Governança Corporativa para Inovação: uma revisão sistemática da literatura

Resumo

Objetivo: O presente estudo buscou entender as fases dos modelos de governança corporativa para inovação e propor uma agenda de pesquisa.

Método e abordagem: Utilizou-se o instrumento Knowledge Development Process-Constructivist (ProKnow-C) para seleção dos artigos, possibilitando a revisão sistemática da literatura. Foram realizadas buscas por publicações indexadas nas bases de dados Scopus, Web of Science, Science direct, Ebsco e Scielo. A etapa de seleção resultou em 22 artigos a serem discutidos.

Principais resultados: Não são uníssonas as definições de governança comparativa para a inovação. No entanto, o que se percebe é que ela não está submetida às mesmas estruturas e características das empresas tradicionais, ainda, empresas com maiores níveis de governança possuem melhores índices de inovação. Quando a empresa possui mecanismos de governança bem definidos ela é considerada mais confiável, atraindo investimentos para inovação.

Contribuições: As empresas que decidem inovar precisarão sofrer reestruturações nas estratégias, políticas organizacionais e cenários em que se desenvolvem as inovações. Para isso, serão induzidas a organizar modelos de gestão inovadores. No modelo de inovação dinâmico, a inovação anseia também pelo envolvimento da diretoria na gestão estratégica, para isso, modelos de governança corporativa são essenciais. Assim, a inovação pode ser influenciada pelos modelos de governança.

Originalidade e Relevância: A relação entre os modelos de governança e a inovação existe, mas é abstrusa, primeiro por não haver uma teoria desenvolvida e aceita pelas empresas inovadoras, segundo, por não existirem teorias que deem suporte a inovação corporativa. Além disso, a Governança da inovação não pode considerar apenas partes específicas pois seu ambiente é complexo e multifacetado. Este estudo buscou estender o que já se sabe sobre essa relação e propor uma agenda de pesquisa.