Razão de Chances Para Adoção do Índice de Sustentabilidade Empresarial Determinado Pelo Desempenho Econômico-Financeiro e Governança Corporativa

Autores

  • José Jonas Alves Correia Universidade Federal de Pernambuco - UFPE http://orcid.org/0000-0003-4552-7263
  • Luiz Carlos Marques dos Anjos Universidade Federal de Pernambuco
  • Marcos Roberto Gois de Oliveira Macedo Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

RESUMO

Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar o efeito de indicadores econômico-financeiros e de governança corporativa na adesão de empresas da Brasil, Bolsa & Balcão [B]3 ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

Fundamento: O mercado de ações apresenta diversos índices com o objetivo de oferecer aos seus investidores novas opções de investimento. Esses índices mostram o desempenho dos mercados de capitais e o comportamento dos preços das ações por eles listadas. Desse modo, os investidores procuram empresas que apresentem políticas de sustentabilidade organizacional, princípios de transparência e boa governança corporativa. Os índices de sustentabilidade empresarial atendem a essa demanda específica, incluindo dimensões sociais, ambientais e governança corporativa.

Método: O estudo é descritivo e eminentemente quantitativo. Para analisar os dados utilizou-se a regressão logística com dados em painel (não balanceados), com uso do software Stata 15.0.

Resultados: Os resultados apontam que, empresas com bons indicadores de retorno e rentabilidade, tamanho, auditadas pelas Big Four, e com concentração de endividamento são mais propensas a participarem da carteira do ISE quando comparada as demais empresas elegíveis. O nível de governança corporativo não foi significativo estatisticamente.

Contribuições: A pesquisa torna-se relevante e contributiva, principalmente, pela forma como é executada a análise. Diferentemente de outras pesquisas que se voltam a comparar variáveis de empresas da carteira ISE com demais empresas listadas na [B]3, este estudo centra-se somente nas empresas elegíveis ao ISE, isto é, empresas que podem ter um diferencial só pelo fato de sinalizarem sua elegibilidade ao índice.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Jonas Alves Correia, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Doutorando e Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Professor Substituto do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da UFPE.

Luiz Carlos Marques dos Anjos, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em Ciências Contábeis pelo Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Ciências Contábeis (UnB/UFPB/UFRN).

Marcos Roberto Gois de Oliveira Macedo, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em Economia Programa de Pós-graduação em Economia da universidade Federal de Pernambuco (Pimes/UFPE).

Referências

Agustini, C. A. D., Almeida, C. M. V. B., Agostinho, F. D. R., & Giannetti, B. F. (2015). Avaliação de impacto da escala econômica na dimensão ambiental das empresas do ISE da BM&FBOVESPA conforme parâmetros da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 10.165). Gestão & Produção, 22(1), 96-106. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/0104-530X1161/13.

Andrade, L. P., Bressan, A. A., Iquiapaza, R. A., & Moreira, B. C. M. (2013). Determinantes de adesão ao índice de sustentabilidade empresarial da BM&FBOVESPA e sua relação com o valor da empresa. Revista Brasileira de Finanças, 11(2), 181-213.

Artiach, T., Lee, D., Nelson, D., & Walker, J. (2010). The determinants of corporate sustainability performance. Accounting & Finance, 50(1), 31-51. Doi: https://doi.org/10.1111/j.1467-629X.2009.00315.x.

Asthana, S. C., Raman, K. K., & Xu, H. (2015). US-listed foreign companies' choice of a US-based versus home country-based Big N principal auditor and the effect on audit fees and earnings quality. Accounting Horizons, 29(3), 631-666. Doi: https://doi.org/10.2308/acch-51105.

Barnett, M. L. (2007). Stakeholder influence capacity and the variability of financial returns to corporate social responsibility. Academy of management review, 32(3), 794-816.

Beato, R. S., Souza, M. T. S., & Parisotto, I. R. S. (2009). Rentabilidade dos índices de sustentabilidade empresarial em bolsas de valores: um estudo do ISE/Bovespa. RAI - Revista de Administração e Inovação, 6(3), 108-127.

Brasil, Bolsa & Balcão ([B]3). 2020. Recuperado em, 25 de maio, 2020, de http://www.b3.com.br/pt_br/.

Brooks, C. (2014). Introductory econometrics for finance. (3rd edn). New York: Cambrigde University Press.

Cameron, A. C., & Trivedi, P. K. 2010. Microeconometrics Using Stata. Texas: Stata Press.

Cardoso, V. I. D. C., De Luca, M. M. M., & Gallon, A. V. (2014). Reputação corporativa e o disclosure socioambiental de empresas brasileiras. Contabilidade, Gestão e Governança, 17(2).

Castro, L. A. (2017). Análise de diferenças de desempenho entre empresas participantes e não participantes do índice de sustentabilidade empresarial da BM&FBOVESPA. Revista Ciências Administrativas, 23(1), 128-155.

Crisóstomo, V. L., Carneiro, C. M. B., & Gomes, L. A. S. (2018). Análise da evolução da adesão de empresas ao índice de sustentabilidade empresarial (ISE). Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 11(2), 772-794. Doi: http://doi.org/10.5902/19834659 31879.

Cristófalo, R. G., Akaki, A. S., Abe, T. C., Morano, R. S., & Miraglia, S. G. E. K. (2016). Sustentabilidade e o mercado financeiro: estudo do desempenho de empresas que compõem o índice de sustentabilidade empresarial (ISE). REGE-Revista de Gestão, 23(4), 286-297. Doi: http://doi.org/10.1016/j.rege.2016.09.001.

Cunha, E. P., & Campos, G. M. (2018). Análise do comportamento de graus de gerenciamento de resultados mediante decisões operacionais no contexto do índice de sustentabilidade empresarial-ISE. Enfoque: Reflexão Contábil, 37(4), 49-66. Doi: http://doi10.4025/enfoque.v37i4.36458.

Dalmacio, F. Z., & Buoso, D. (2016). Comparação dos indicadores contábeis das empresas com ações listadas no índice de sustentabilidade empresarial (ISE) com os das demais empresas listadas na Bovespa. Revista de Finanças e Contabilidade da Unimep, 3(2), 1-17.

Gerlach, G., Silva, V. B., Santos, L. A., Adamy, A. P. A., & Garlet, E. (2017). Proposta de melhoria de layout como fator para a otimização do processo produtivo organizacional. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 10, 41-55.

Gomes, E. L. (2017). Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA: motivação para buscar a adesão. (Dissertação (Mestrado). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil. Recuperado em 25, abril de 2020, de http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6347/Eendrik%20Lima%20Gomes_.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

Guimarães, E. F., Rover, S., & Ferreira, D. D. M. (2018). A participação no índice de sustentabilidade empresarial (ISE): uma comparação do desempenho financeiro de bancos participantes e não participantes da carteira1. Enfoque: Reflexão Contábil, 37(1), 147-164. Doi: https://doi.org/10.4025/enfoque.v37i1.34859.

Guimarães, T. M., Peixoto, F. M., & Carvalho, L. (2017). Sustentabilidade empresarial e governança corporativa: uma análise da relação do ISE da BM&FBOVESPA com a compensação dos gestores de empresas brasileiras. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (Repec), 11(2). Doi: http://dx.doi.org/10.17524/repec.v11i2.1418.

Gujarati, D. N., & Porter, D. C. (2011). Econometria Básica. (5 ed). Porto Alegre: Bookman.

Lima, S. H. O., Oliveira, F. D., Cabral, A. C. A., Santos, S. M., & Pessoa, M. N. M. (2015). Governança corporativa e desempenho econômico: uma análise dos indicadores de desempenho entre os três níveis do mercado diferenciado da Bm&fBovespa. REGE-Revista de Gestão, 22(2), 187-204. Doi: https://doi.org/10.5700/rege558.

Macedo, F., Barbosa, H., Callegari, I., Monzoni, M., & Simonetti, R. (2012). O valor do ISE:
principais estudos e a perspectiva dos investidores. São Paulo: BM&FBovespa.

Machado, M. A. V., Macedo, M. A. S., Machado, M. R., & Siqueira, J. R. M. (2012). Análise da relação entre investimentos socioambientais e a inclusão de empresas no índice de sustentabilidade empresarial (ISE) da Bm&fBovespa. Revista de Ciências da Administração, 14(32). Doi: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2012v14n32p141.

Maehara, L. M., & Kassai, J. R. (2013). Análise das empresas excluídas da carteira do ISE no período de 2005 a 2012. In Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, recuperado em 25, março de 2020, de http://congressousp.fipecafi.org/anais/artigos132013/429.pdf.

Marcondes, A. W., & Bacarji, C. D. (2010). ISE: sustentabilidade no mercado de capitais. São Paulo: Report Editora. Recuperado em 18, março de 2020, de http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_gvces/arquivos/61/Livro_ISE.pdf.

Martins, M. N. S. P., Campos, A. L. S., & Martins, F. S. (2016). Influência dos investimentos sociais para inclusão de empresas no índice de sustentabilidade empresarial (ISE). Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, 10(1), 58-71.

Monzoni, M. Índice de sustentabilidade empresarial ISE 10 Anos. (2016). São Paulo: Fundação Getúlio Vargas. Recuperado em 20, abril de 2020, de https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/18501/GVces_%20%c3%8dndice%20de%20Sustentabilidade%20empresarial.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

Nunes, J. G., Teixeira, A. J., Nossa, V., & Galdi, F. C. (2010). Análise das variáveis que influenciam a adesão das empresas ao índice BM&FBovespa de sustentabilidade empresarial. Revista Base (Administração e Contabilidade) da Unisinos, 7(4), 328-340. Doi: http://10.4013/base.2010.74.06.

Nunes, T. C. S., Nova, S. C., Cornacchione, E., & Garcia, S. (2012). Are sustainable companies less risky and more profitable? Revista de Administração, 47(3), 422-435. Doi: http://doi.org/10.5700/rausp1048.

Ricardo, V. S., Barcellos, S. S., & Bortolon, P. M. (2017). Relatório de sustentabilidade ou relato integrado das empresas listadas na Bm&fBovespa: fatores determinantes de divulgação. Revista de Gestão Social e Ambiental, 11(1), 90–104. Doi: https://doi.org/10.24857/rgsa.v11i1.123.

Ribeiro, A. D., & Funchal, B. (2018). Fatores determinantes na incorporação das organizações ao ISE. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, 15(1), 31–41. Doi: http://10.0.15.173/base.2018.151.03.

Silva, E. H. D. R., Lima, E. P., Costa, S. E. G., & Sant'Anna, Â. M. O. (2015). Análise comparativa de rentabilidade: um estudo sobre o índice de sustentabilidade empresarial. Gestão & Produção, 22(4), 743-754. Doi: https://doi.org/10.1590/0104-530X1889-14.

Sweets, J. A. (1988). Measuring the accuracy of diagnostic systems. Science, 240(4857), 1285–1293. Doi: http://dx.doi.org/10.1126/science.3287615.

Teixeira, E. A., Nossa, V., & Funchal, B. (2011). O índice de sustentabilidade empresarial (ISE) e os impactos no endividamento e na percepção do risco. Revista Contabilidade & Finanças (USP), 22(55), 29-44. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-70772011000100003.

Teles, C. D., Ribeiro, J. L. D., Tinoco, M. A. C., & Caten, C. S. T. (2015). Characterization of the adoption of environmental management practices in large Brazilian companies. Journal of Cleaner Production, 86, 256–264. Doi: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2014.08.048.

Tiozo, E., & Leismann, E. L. (2019). Análise de risco das empresas listadas no ISE 2018 da B3. REUNIR - Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade, 9(1), 27-40. Doi: http://doi.org/10.18696/reunir.v9i1.814.

Tonolli, B. B., Rover, S., & Ferreira, D. D. M. (2017). Influência dos investimentos ambientais e dos indicadores econômico-financeiros na seleção de empresas para compor o índice de sustentabilidade empresarial (ISE). Revista Catarinense da Ciência Contábil, 16(48), 69-85. Doi: http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v16n48.2315.

Vital, J. T., Cavalcanti, M. M., Dalló, S., Moritz, G. O., & Costa, A. M. (2009). A influência da participação no índice de sustentabilidade empresarial (ISE) no desempenho financeiro das empresas. Revista de Ciências da Administração, 11(24), 11-40. Doi: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2009v11n24p11.

Zaro, E. S., Pastre, F., & Alberton, L. (2016). Asseguração dos relatórios de sustentabilidade das empresas que compõem a carteira do índice de sustentabilidade empresarial 2013. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 20(1).

Downloads

Publicado

2023-04-30

Como Citar

Correia, J. J. A., Anjos, L. C. M. dos ., & Macedo, M. R. G. de O. (2023). Razão de Chances Para Adoção do Índice de Sustentabilidade Empresarial Determinado Pelo Desempenho Econômico-Financeiro e Governança Corporativa. Revista Evidenciação Contábil &Amp; Finanças, 10(3), 24–42. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/recfin/article/view/58114

Edição

Seção

Seção Nacional

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)