INFLUÊNCIA DA ALTITUDE NA PLASTICIDADE FOLIAR DE <i>Clusia obdeltifolia</i> Bittrich (CLUSIACEAE)
Palavras-chave:
Altitude, Anatomia ecológica Anatomia foliar, Campo rupestreResumo
A capacidade dos indivíduos de ajustar seu desempenho e sua estrutura em resposta às variações das condições ambientais é um atributo que ocorre em espécies que apresentam plasticidade, sendo essa característica de grande importância para a sobrevivência de uma espécie. A plasticidade pode ocorrer tanto entre plantas de diferentes populações como também entre folhas de um mesmo indivíduo. O objetivo desse estudo foi comparar a anatomia foliar de duas populações de Clusia obdeltifolia Bittrich, coletadas sob duas altitudes em uma área de campo rupestre, no morro do Pai Inácio, Palmeiras, Bahia, Brasil. Realizaram-se seções paradérmicas e transversais das folhas onde foram mensuradas as seguintes variáveis: densidade e índice estomático, área foliar, espessura da epiderme nas faces adaxial e abaxial, espessura da cutícula em ambas as faces, hipoderme, parênquima paliçádico e parênquima lacunoso. Variações anatômicas foram observadas na estrutura foliar entre as duas populações apontando diferenças significativas, onde os espécimes coletados em maior altitude apresentaram maior grau de escleromorfismo, menor área foliar, maior densidade estomática, maior espessura da epiderme adaxial e abaxial, cutícula mais espessa e células mais alongadas no parênquima paliçádico. Essas variações estão relacionadas com a plasticidade do vegetal ao ambiente em que se desenvolve. Através dos resultados obtidos, observou-se que as folhas de C.obdeltifolia diante o aumento da altitude, apresentaram variações significativas entre as duas populações.
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