LIDANDO COM A CONSTRUÇÃO DO MAL NA POLÍTICA VISUAL ATRAVÉS DE LENTES REFLEXIVAS

Resumo

RESUMO

O tema deste artigo gira em torno de uma perspective reflexiva sobre a lógica e a prática do “evildoing” (construção do mal) no domínio da política visual. Para que isto aconteça, a reflexividade se torna o principal método de análise que tem como objetivo questionar como as práticas de segurança surgem por intermédio de discursos visuais, oratórios e escritos do Outro. Lidar com “evildoing” na política visual através de lentes reflexivas significa avançar com leituras críticas referentes a formação de identidades, a começar pelo entendimento de que as relações do Eu e do Outro são construídas de acordo com interações de diálogos historicamente implementadas por processos visuais e representacionais devido ao poder midiático e estratégias de exposição. Nesse sentido, visando debater sobre a construção do mal na política visual, este artigo chama a tenção para o fato de que “falar segurança” por meio da visualidade também faz parte de uma política de ofensa que é intencionalmente articulada pelos atores que possuem poder sobre as práticas representacionais. Ao fazer isso, o presente artigo se preocupa com a dinâmica da política visual, uma vez que ela serve para promover práticas de segurança destinadas a criar ameaças existenciais no sentido de suspender as regras normais da política para alcançar os interesses dos atores mais privilegiados nas RI. Tendo isto em vista, a seguinte investigação se divide em três partes dentro das quais as correntes que as ligam são cuidadosamente traçadas. A primeira parte explica o que são a prática e lógica do “evildoing” e a política visual. A segunda dá a devida atenção à reflexividade nas investigações sociais. A terceira e última parte traz à tona alguns casos empíricos de “evildoing” e suas características de dois pesos e duas medidas.

Palavras-chave: construção do mal, política visual, reflexividade, formação de identidades, poder midiático.