Quando as hashtags não chegam: o lugar da mídia no ordenamento e na constituição da sociedade
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2017v13n9.36152Resumo
Quando fenômenos comunicacionais como as mobilizações de coletivos digitais despontam, também emergem paradoxos o lugar da mídia no cotidiano social. Não raramente, a tendência é interpretá-los por extremos epistemológicos — delimitando-o, quase exclusivamente, às mídias e suas características ou por uma perspectiva completamente interdisciplinar. Sem desconsiderar a potência política dos movimentos sociais nas redes digitais, consideramos que é preciso ir além e apreender as reais implicações das interações entre meios de comunicação, a cultura e a sociedade. Dessa forma, nosso objetivo neste artigo é realizar um exercício de observação crítica sobre o lugar da mídia no ordenamento e na constituição da sociedade. Para tanto observamos a (não) mobilização digital das mulheres contra o assédio sexual em dois casos, o da menina Valentina, de 12 anos, participante do reality show culinário Masterchef e o das crianças e jovens negras da comunidade quilombola Kalunga.
Palavras-chave: Mídia. Feminismo. Mulheres Negras. Meninas Negras. Cultura