O filme No Portal da Eternidade: do primeiro plano à licença poética sobre Van Gogh
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2020v16n09.55174Palavras-chave:
Van Gogh, Poesia, Cinema.Resumo
Como abordar a vida e obra de um artista sem cair em um clichê de narrativa cronologicamente calculada, ampliando a abordagem dos fatos e multifacetando as perspectivas? O filme No Portal da Eternidade (2018) mostra como é possível através de uma licença poética, dar um caminho diferenciado à forma de se relatar a história do pintor holandês Vincent Willem Van Gogh. Diferentemente da maioria dos demais filmes precedentes que se propuseram a esta mesma tarefa, No portal da eternidade se destaca por lançar mão de elementos poéticos que transformam a experiência do espectador em algo sensível e humano outorgando-lhe o direito de inserir-se nas cenas. Com o auxílio de autores como Eisenstein (2012), Pasolini (1982) e Elsaesser (2018), o presente artigo pretende elencar sucintamente quais os elementos que tornam No Portal da Eternidade tão alternativo, poético e imprescindível para compreender os diversos tons que podem ser adotados para se mostrar a mesma narrativa cinematográfica.