A percepção do Papa Francisco na (re)construção do ethos infantil
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2021v17n8.60371Palavras-chave:
Ethos discursivo, Ethos infantil, Vocalidade, Papa Francisco, (Re)construção.Resumo
Este estudo concentra-se na leitura feita pelo Papa Francisco, no livro Querido Papa Francisco - o Papa responde às cartas de crianças do mundo todo, em questões elaboradas por crianças de diferentes países. O intuito do texto é tentar perceber como Sua Santidade (re)construiu, a partir da vocalidade, o ethos discursivo infantil. Para isso, serão adotados os pressupostos teóricos de Maingueneau e Amossy sobre o ethos discursivo e as contribuições de Sarmento e Nascimento; Brancher e Oliveira sobre a infância. A investigação recai sobre três perguntas, feitas por Prajla, Natasha e Mohammed. Imagens enviadas com as cartas também são consideradas na análise. Após o exame concluiu-se que, como o ethos se relaciona com o conjunto de regulamentações coletivas estereotípicas ligadas ao universo do enunciador, embora, no geral, as crianças sejam símbolo de alegria e fé, há uma ruptura dessa visão através do ethos de Mohammed, cuja infância é marcada por sofrimento, guerra e falta de esperança.