Desinformação na eleição presidencial brasileira de 2018: uma análise do material coletado pelo Projeto Comprova
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2022v17n01.61859Palavras-chave:
Desinformação. Fake news. Eleições. Redes Sociais.Resumo
O presente artigo busca entender as estratégias de construção da desinformação circulada durante as eleições presidenciais de 2018. Para isso discute-se a noção popularmente conhecida como fake news, suas definições teóricas e a necessidade de ampliar a análise para o que chamamos de desinformação. Para dar base ao estudo analisamos todos os conteúdos checados pelo site de fact-checking Projeto Comprova durante a campanha eleitoral daquele ano. A metodologia se baseia na análise de conteúdo de Bardin (1979). O material foi todo analisado e catalogado, primeiro pelos parâmetros do próprio Comprova e, em seguida, a partir das categorias de análise de conteúdo de desinformação propostas por Wardle (2017) no projeto First Draft. Chega-se à conclusão de que os materiais analisados compõem um retrato da ampla variedade de métodos de criação de conteúdo fraudulento utilizados durante o pleito, com destaque para o uso de informações publicadas pelo jornalismo tradicional retiradas de seu contexto original com o objetivo de desinformar.