A imagem, o racismo e as interseccionalidades no documentário “À margem do corpo”
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2022v18n2.61994Palavras-chave:
Documentário. Imagem. Racismo. Interseccionalidades. À margem do corpo.Resumo
A partir das imagens produzidas no documentário “À margem do corpo” (2005/2006), de Debora Diniz, este trabalho apresenta a história de Deuseli Vanines, uma mulher negra e pobre. Vítima de um estupro, foi proibida por agentes do Estado de interromper a gravidez. Vinte e três anos se passaram desde a sua morte e o tema, ainda atual, traz à reflexão a situação de vulnerabilidade da mulher negra. Por meio de estudo de caso e da análise de imagens, buscou-se responder a seguinte pergunta-problema: Como é possível identificar as opressões atravessadas pelas interseccionalidades no documentário “À margem do corpo”? O fundamento teórico contou com Butler (2016), Didi-Huberman (2012), Gonzalez (2018), Mbembe (2018) e Samain (2012). O artigo identifica, entre os eixos de opressão, uma tríplice discriminação.