A relação entre mídia, política e o espaço urbano durante a “guerra do spray” em São Paulo

Autores

  • Erivelto Amarante

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2022v18n2.61995

Palavras-chave:

Pichação. Grafite. “Guerra do spray”. Espaço urbano. Enquadramento noticioso. João Doria.

Resumo

O estudo analisa o conflito entre os pichadores e grafiteiros com o establishment durante a "guerra do spray" promovida pelo prefeito de São Paulo João Doria em 2017. Para isso, analisamos 46 notícias publicadas nos jornais Folha de S. Paulo e Estadão no período em que Doria usou a criminalização desses grupos como estratégia política para promover sua imagem e o programa "Cidade linda". O objetivo é verificar se houve alguma saliência a favor ou contra uma das partes. O trabalho apresenta as distinções entre os diferentes tipos de intervenção urbana e faz um debate sobre sua importância como ato de resistência frente a lógica neoliberal de apropriação dos espaços públicos para a obtenção de lucro. O resultado apontou para uma cobertura rasa, factual e que pouco fugiu do estigma que associa os grupos de spray com vandalismo e prejuízos ao patrimônio, o que contribuiu para legitimar a narrativa oficial.

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Publicado

2022-02-21

Edição

Seção

Artigos