Aparição e dissenso como trabalho político na narrativa do documentário Auto de Resistência
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2022v18n9.64072Palavras-chave:
Aparição. Partilha do sensível. Dissenso. Auto de Resistência.Resumo
Este artigo articula a noção de aparição a partir do trabalho narrativo do documentário Auto de Resistência, buscando apontar como as evidências da violência e a ação dos sujeitos presentes no documentário constituem uma tentativa de reconfiguração da visibilidade de tais experiências a partir de cenas de dissenso. Baseamo-nos na perspectiva de Rancière em torno da partilha do sensível e suas consequências para pensar uma forma de aparição política. Desse modo, realizamos uma incursão a sequências que representam essas marcas da morte e da violência e que mostram as formas de engajamento dos sujeitos, que por sua vez acabam resultando em formas de instituir um litígio em torno da distribuição das ocupações do sensível diante de acontecimentos violentos.