A potência estética e política dos relatos de si na fotoescrevivência
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2023v19n12.68831Palavras-chave:
Fotoescrevivência. Experiência. Imagens. Mulheres. Vulnerabilidade.Resumo
Este artigo parte das noções de escrevivência e fotoescrevivência, a fim de refletir acerca de processos de autodefinição e autonomia de mulheres, sobretudo de mulheres com deficiência. Argumentamos que relatos produzidos em contextos seguros de expressão e exposição podem auxiliar na elaboração de técnicas de cuidado individual e coletivo. São exploradas as relações entre fotoescrevivência, experiência e relatos de si, de modo a evidenciar a importância dessa composição teórica para a construção de pesquisas que desejem refletir acerca da potência política das imagens para a transformação de condições de vulnerabilidade e opressão. Verificamos que a força política de imagens fotoescreviventes está no processo de autodefinição e autovalorização das experiências singulares e compartilháveis de mulheres que não se deixam enquadrar ou controlar pela imposição de rótulos identitários.