Chás-revelação: espetáculo, excentricidade e cores na produção da heterossexualidade
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2024v20n2.69375Palavras-chave:
Chás-revelação. Excentricidade. Espetáculo. Rosa. Azul.Resumo
Ancorados nos Estudos de Gênero e nos Estudos Feministas, sob a ótica de uma perspectiva pós-estruturalista este artigo objetiva discutir sobre como se dá o processo de cis-heteronormatização dos corpos a partir dos chás-revelação. Discutimos na excentricidade das cores rosa ou azul que demarcam os gêneros, feminino ou masculino, – “é um menino ou uma menina?” –, e as construções de expectativas sobre esse corpo comprovam tal generificação. Pensamos também esse ritual como um espetáculo, amparados pelas contribuições de Guy Debord (2003). Nesse ínterim evidenciamos que apesar dos diferentes modos que tais espetáculos podem se utilizar para a pressuposição de um gênero a partir da noção de sexo biológico, a lógica que sustenta a sua existência é mesma: a (de)limitação de fronteiras existenciais que tomam como base de apoio, o discurso da suposta “normalidade” cis-heterocentrada.