AFETAÇÕES EM CAMPO: o desafio da experiência etnográfica

Autores

  • Sophia Padilha Menezes UFPB
  • Mércia Rejane Rangel Batista

Resumo

Este trabalho objetiva expor como, a partir do espetáculo teatral Agreste e seus efeitos, nos apropriamos de uma metodologia que pretende trazer como tema a desconstrução do gênero na perspectiva queer. Deste modo, nos inspiramos no método das afetações proposto e desenvolvido por Favret-Saada (2009), quando fez a sua etnografia sobre feitiçaria no Bocage (França), e que viveu a mesma situação do nativo, ou seja, experimentou o lugar do nativo, ao invés de imaginá-lo, sendo o único meio possível para obter informações dos pesquisados. Apoiamo-nos também na proposta desenvolvida por Turner (1985) na antropologia da experiência e performance. Além disso, o trabalho colocou em tensão a relação dicotômica entre sujeito/objeto na pesquisa. Ao fim, foi possível perceber como o espetáculo, o exercício da pesquisa e os discursos e experiência do público se encontraram para discutir a trama entretecida pela peça Agreste, demonstrando como a sexualidade diz mais sobre como a sociedade se organiza do que sobre as práticas sexuais em si.

 

Palavras-chaves: Teoria Queer. Etnografia. Gênero. Ser afetado.

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Publicado

2017-08-02