Desenhar para quê? Experimentações antropoéticas em pesquisa e ensino
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2018v1n6.38352Resumo
Nas duas últimas décadas, o Brasil tornou-se um país de referência na Antropologia Visual, com uma produção significativa em termos de foto e vídeo etnográfico. O mesmo não ocorreu com o desenvolvimento do desenho associado à pesquisa antropológica, que mais recentemente vem ganhando novos interesses e paradigmas, diversos dos que o consagraram nos primórdios da disciplina, antes de ser relegado ao esquecimento. Este artigo pretende contribuir para a revitalização do desenho na formação do/a antropólogo/a, partindo-se de uma reflexão sobre sua incubação em uma etnografia pregressa, realizada por uma das autoras, passando pelos fundamentos e práticas que guiaram uma Oficina de Desenho, ministrada pela coautora, professora do Centro de Artes/UFPel, para membros do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia (LEPPAIS/UFPel), e culminando com relatos e desenhos de participantes desta atividade.Downloads
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