Emoções no campo de pesquisa
Reflexões metodológicas sobre etnografia em instituição para tratamento oncológico
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2020v3n11.49604Resumo
O artigo discute questões metodológicas de etnografia realizada em instituição de referência para o tratamento em ginecologia oncológica. A análise aborda dois aspectos: a dupla identidade de pesquisadora e profissional e a escolha do lócus da pesquisa. A etnografia foi realizada nos primeiros atendimentos prestados às usuárias, e o objetivo era verificar como se performa o ideal de “autonomia da paciente”. As mulheres foram acompanhadas nas consultas e a pesquisadora compartilhou de suas dores e constrangimentos. Essa experiência provocou fortes emoções, inesperadas e desagradáveis, mas que instigaram a produção do conhecimento. A observação foi fundamental para a compreensão das tensões e potências que integram os cuidados, e de que maneira essas compõem as formas como é performado o ideal de autonomia do paciente na instituição – além de evidenciar os seus limites. O lócus da pesquisa mostrou-se fundamental para a produção do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE:
Câncer de colo de útero. Antropologia da saúde. Etnografia. Emoções.
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