Fotografia e folclore
um estudo fotoetnográfico com o “guerreiro São Pedro alagoano”
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2019v2n9.51032Resumo
O presente ensaio visual é desdobramento inicial de um trabalho construído concomitantemente ao projeto "Memória e fotografia no Folclore Alagoano: da preservação ao compartilhamento de imagens", de 2017, com o grupo intitulado “Guerreiro São Pedro Alagoano”, coordenado por Dona Marlene e localizado na periferia de Maceió/AL. O folguedo popular de nome guerreiro apresentou seu período de efervescência entre os anos de 1930 e 1960, em um contexto que corrobora com a ascensão do Movimento Folclórico Brasileiro, marcado pela militância na visibilidade da “cultura popular”. Hoje, ainda que em menor frequência, além do Guerreiro São Pedro, permanecem ativos alguns grupos na capital do Estado, como o “Guerreiro Vencedor Alagoano”, coordenado por Dona Dolores. Ambos os grupos reúnem em seus ensaios uma diversidade de crianças, adultos e majoritariamente pessoas em idade avançada, que trazem consigo o sentimento de preservação desse patrimônio imaterial e contradizem, a partir de sua própria atividade, os discursos saudosistas relacionados à retórica da perda. Os registros imagéticos, que serviram como forma de interagir e “descobrir” o grupo, surgiram através do mapeamento dos guerreiros ativos em Alagoas, e consequentemente, da minha frequência nos ensaios do Guerreiro São Pedro na condição de fotógrafa e pesquisadora. O projeto contou com o compartilhamento dessas fotografias como forma de compreender as memórias e narrativas acionadas nesse processo. Nesse sentido, além de apresentar um caráter documental do evento, trago nas imagens desses “brincantes”, integrantes dos dois grupos que se reúnem solidariamente para ensaiar, tudo aquilo que a partir de meu olhar, em diálogo com a Antropologia, poderia configurar como o grupo se organiza e se atualiza cotidianamente.
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