Wilderness and domestication in human-other-than-human-human primate collectives
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2020v3n11.51490Resumo
Este artigo visa a discutir a fronteira entre selvagem e domesticado na produção e na experiência de coletivos de primatas humanos e diferente-de-humanos. Três diferentes casos etnográficos são apresentados: populações de humanos e outros primatas em um centro de recuperação de animais silvestres e exóticos na Itália, em um parque protegido no Gambia e uma área não protegida no Brasil. Esse panorama de fronteiras entre coletivos de primatas diferente-de-humanos selvagens e domesticados permite observar como estes são constantemente redefinidos como interações flexíveis em experiências vividas específicas. A agentividade ativa dos primatas outro-que-humanos surge nos exemplos etnográficos descritos enquanto um dos elementos centrais na produção da fronteira selvagem-domesticado. A tese é que “selvagem” e “domesticado” são movimentos de simbiose mútua que produzem redes dinâmicas nas quais os atores envolvidos são reciprocamente redefinidos. Tal fronteira, ao contrário de definir uma dicotomia estática, atravessa margens epistemológicas e ontológicas, constituindo uma ferramenta para a multiplicação das vozes na descrição etnográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Multiespécie. Primatas-humanos-nãohumanos. Domesticado. Selvagem.
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