O Niilismo retratado nos personagens de Camus
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v11i3.71220Palavras-chave:
absurdo, suicídio, assassinato, niilismo, revoltaResumo
O objetivo deste artigo é argumentar sobre as vivências niilistas nos personagens de Camus, e pretende demonstrar que a reflexão ensaística de Camus sobre os temas do absurdo, suicídio, assassinato, niilismo e revolta são trabalhados efetivamente no romance e teatro que se complementam dentro da tessitura da obra cíclica de Camus. Para tanto, será realizada uma análise principalmente sobre as obras: A mulher adúltera (conto) que traz uma reflexão sobre a negação da vida; fuga e negação no conto Jonas ou o artista trabalhando; O Estrangeiro (romance), em que a questão do absurdo e do niilismo é amplamente trabalhada; A peste (romance), observado aqui no âmbito do consentimento assassino e niilismo ou revolta e recusa; e por fim, Calígula (teatro), um drama que expressa um raciocínio absurdo levado às últimas consequências dentro de uma perspectiva niilista. Contatou-se durante a análise que os personagens que expressam tais vivências niilistas, em algum momento, deparam-se com o absurdo, e cada qual, responde de um modo diferente a esse encontro: alguns permanecem no niilismo; outros partem para o suicídio, como morte em vida; outros para o assassinato; e ainda os que lutam contra a peste, e de certa forma, buscam superar o problema.
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