Diferença pura e nomadismo na filosofia da iimaginação de Giambatista Vico

Authors

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.35704

Keywords:

Vico, ingenium, diferença, nômade, Deleuze,

Abstract

A filosofia da imaginação de Vico se destaca na tradição humanista italiana e representa uma verdadeira contraposição ao pensamento racionalista, principalmente pela noção de ingenium, referente à capacidade intuitiva humana de formação imagética e metafórica de sentidos prévios à razão; este conceito, que permite uma revisão do discurso retórico, dos mitos e da própria mediação histórica entre humanidade e mundo natural, opera essencialmente pelo estabelecimento de relações de semelhança entre fenômenos inicialmente dissimilares. Investigam-se associações possíveis entre Vico e as filosofias nômades da diferença de Nietzsche e, particularmente, Deleuze, de modo a revelar que, tanto do âmbito dos conceitos quanto do sentido político de sua obra, a filosofia da imaginação é, à sua própria maneira, nômade e subversiva. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Fabio Henrique Medeiros Bogo, UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Mestre e doutorando em filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atuação na área da psicologia clínica e docência.

References

DANIEL, S.H. The Philosophy of Ingenuity: Vico on Proto-Philosophy. Philosophy and Rhetoric, Penn State University Press, vol. 18, n.4, p. 236-243, 1985.

DELEUZE, G. (1962). Nietzsche e a filosofia. Tradução: Edmund Fernandes Dias e Ruth Joffily Dias. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1976.

DELEUZE, G. ( 1964). Proust e os signos. Tradução: Antonio Piquet e Roberto Machado. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

DELEUZE, G. (1968). Diferença e repetição. 2.ed. Tradução: Luiz Orlandi, Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

DELEUZE, G. (1969). The logic of sense. Versão para o inglês: Mark Lester. 1.ed. London: The Athlone Press, 1993.

DELEUZE, G.; GUATARRI, F. (1972). O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. Tradução: Luiz B. L. Orlandi. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

DELEUZE, G. (1980a). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol.I. Tradução: Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

DELEUZE, G. (1980b). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol.II. Tradução: Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

DELEUZE, G. (1980c). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol.IV. Tradução: Suely Rolnik. 1.ed. São Paulo: Editora 34, 1997.

DELEUZE, G. (1992). Conversações. Tradução: Peter Pál Pelbart. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2010

DELEUZE, G. (1993). Crítica e Clínica. Tradução: Peter Pál Pelbart. 2. Ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

GRASSI, E. Vico and Humanism: essays on Vico, Heidegger, and rhetoric. Nova York: Peter Lang, 1990.

LAUREANO, P.S. Capitalismo e produção de subjetividade no mundo contemporâneo: uma leitura crítica. Defesa: janeiro/2011. 140 páginas. Dissertação de Mestrado; Orientador: Carlos Augusto P. Junior. PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2011. Disponível online em: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php? open=1&arqtese=0912452_2011_Indice.html

NIETZSCHE, F. (1886). Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Tradução de Paulo César de Souza. 1.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

NIETZSCHE, F. (1887). Genealogia da moral. Tradução de Paulo César de Souza. 1.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SCHÖPKE, R. (2004) Por uma filosofia da diferença: Gilles Deleuze, o pensador nômade. 2.ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

VICO, G. (1725) The New Science. 1.ed. Ithaca, New York: Cornell University Press, 1948.

VON BURG, A.B. Caught between History and Imagination: Vico’s ingenium for a rhetorical renovation of citizenship. Philosophy and Rhetoric, Penn State University Press, vol. 43, n.I, p. 26-52, 2010.

Published

2017-12-20

How to Cite

Bogo, F. H. M. (2017). Diferença pura e nomadismo na filosofia da iimaginação de Giambatista Vico. Aufklärung, 4(3), p.191–202. https://doi.org/10.18012/arf.2016.35704