Porque o segundo Wittgenstein não era um terapeuta

Authors

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v8iesp.60023

Keywords:

Wittgenstein, filosofia, terapia, mente, relações internas, relações externas

Abstract

Wittgenstein ficou famoso por considerar a filosofia uma atividade e não um corpo de doutrinas. E, no entanto, na literatura secundária, há pouco acordo quanto ao que Wittgenstein considerou ser o propósito dessa atividade. Neste artigo, afirmo que o propósito da atividade filosófica, pelo menos de acordo com o segundo Wittgenstein, era resolver problemas filosóficos. Como suporte para essa afirmação, argumento que nossa conversa cotidiana sobre a mente nos apresenta um problema filosófico sobre a mente. Concentrando-me então no que Wittgenstein diz sobre a compreensão e usando de sua distinção entre relações internas e externas, mostro como podemos resolver esse problema. Se minha leitura for aceita, então o propósito da atividade filosófica, de acordo com o Wittgenstein posterior, não era terapia. Como tal, o segundo Wittgenstein não deve ser lido como um terapeuta.

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Author Biography

Victor Loughlin, University of Antwerp, Belgium

Postdoctoral Research Fellow. at Center for Philosophical Psychology, Dept. of Philosophy, University of Antwerp, Belgium.

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Abbreviations for Wittgenstein’s works

TLP = Tractatus Logico-Philosophicus;

PI = Philosophical investigations;

PO = Philosophical Occasions;

LW II = Last Writings on Philosophical Psychology, volume 2;

RPP II = Remarks on Philosophical Psychology, volume 2.

Published

2021-07-01

How to Cite

Loughlin, V. (2021). Porque o segundo Wittgenstein não era um terapeuta. Aufklärung, 8(esp), p.87–98. https://doi.org/10.18012/arf.v8iesp.60023