Fixação de referência descritiva e privilégios epistêmicos
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v8iesp.60025Keywords:
Kripke, Donnellan, Jeshion, contingent a priori truthsAbstract
Donnellan (1977) defende uma limitação radical da tese de Kripke (1980) sobre a possibilidade de verdades contingentes conhecíveis a priori como resultado da fixação de referências descritivas para nomes. De acordo com o primeiro, na ausência de alguma forma de familiaridade entre o falante e o objeto de conhecimento, não pode haver nenhum conhecimento (ou mesmo crença) singular de re concebido por Kripke. E na presença de familiaridade (que normalmente assume a forma de contato perceptivo), não pode haver conhecimento a priori. Por outro lado, Jeshion (2001) argumenta que o principal argumento de Donnellan é fundamentalmente falho. Ela explora uma lacuna intencionalmente (e explicitamente) deixada em aberto por Donnellan para dizer que ele não descartou uma explicação alternativa para o problema que motiva a revisão da tese de Kripke. Neste artigo, acesso o argumento de Jeshion contra Donnellan. Como pretendo mostrar, ela falha em apreciar uma segunda lacuna nas considerações de Donnellan que oferece uma maneira mais apropriada de ver os exemplos de Kripke.
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