EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE RESÍDUOS DE PINUS CARIBAEA NA GERMINAÇÃO DE SOJA

Resumo

O objetivo deste trabalho foi identificar efeitos alelopáticos de extratos aquosos de serapilheira parcialmente decomposta de Pinus caribaea na germinação de soja. As amostras de serapilheira foram coletadas na estação chuvosa do ano, no mês de março de 2009. Obteve-se um extrato aquoso da serapilheira nas concentrações de 5%, 7,5%, 10%, 15%, 25%. As avaliações foram realizadas a cada vinte e quatro horas, adotando-se como critério de emergência a exposição de qualquer parte da plântula na superfície do substrato. Calculou-se o tempo inicial (Ti), final (Tf) e médio (Tm) de germinação; o percentual de germinação (G); a velocidade de germinação (VG); a velocidade média de germinação (Vm) e o coeficiente de variação do tempo (CVt). Medidas de sincronia foram calculadas pela incerteza (I) e pelo índice de sincronização (Z). Para a análise estatística, foi aplicada a análise de variância (ANOVA) a 0,05 de significância. Os menores valores de Ti foram para os tratamentos controle e com 5% de concentração do extrato, sendo o maior valor para se iniciar a germinação para soja no tratamento com 10% de concentração do extrato. No controle, a frequência de germinação foi maior no primeiro e segundo dias de avaliação. Nos demais tratamentos, houve um pico de germinação no terceiro dia, com maior freqüência observada no tratamento com 10%. A adição de extrato aquoso afetou a VG da soja, a qual foi maior no controle, diminuindo de acordo com o aumento das doses utilizadas. Entretanto, a soja foi pouco sensível aos efeitos alelopáticos do extrato aquoso de serapilheira de Pinus caribaea nas doses avaliadas.