Linguagem documentária no domínio da vigilância sanitária no Brasil e a sua qualidade para a representação de legislação

Autores

  • Pablo Gomes Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central
  • Virginia Bentes Pinto Universidade Federal do Ceará

Resumo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária possui atribuição de catalogar e indexar suas legislações na base de informação Saúde Legis, que utiliza o Tesauro do Ministério da Saúde (MS) como Linguagem Documentária (LD). Assim, surge a pergunta problema: qual a qualidade que o Tesauro do MS possui em representar o conteúdo de legislações sanitárias. O objetivo é verificar a qualidade da indexação das legislações sanitárias utilizando o Tesauro do MS. Na metodologia foram coletadas 70 Resoluções da Diretoria Colegiada relativas ao ano de 2014. Em seguida cotejaram-se os termos da LN com a LD para verificar a relação de correspondência entre as duas linguagens. Os resultados apontam que 66% dos termos da LN possuíam correspondentes na LD, 24% não possuíam termos e 10% possuíam termos não tão apropriados na LD. A conclusão mostra que os termos não estão apresentando qualidade suficiente para atender a especificidade da representação em vigilância sanitária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pablo Gomes, Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central

Biblioteca

Virginia Bentes Pinto, Universidade Federal do Ceará

Departamento de Ciência da Informação

Referências

ARAÚJO JUNIOR, Rogério Henrique de. Precisão no processo de busca e recuperação da informação. Brasília: Thesaurus, 2007.

AGÊNCIA Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). RDC nº 59, de 10 de outubro de 2014.. Dispõe sobre os nomes dos medicamentos, seus complementos e a formação de famílias de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 out. 2014.

AGÊNCIA Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Relatório anual de atividades da Anvisa: 2006. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

AGÊNCIA Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Relatório de atividades: 2008. Brasília: Anvisa, 2009.

AGÊNCIA Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Saúde Legis. Disponível em: <http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/PBT>. Acesso em: 28 set. 2015.

ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.676/1992: Método para análise de documentos: Determinação de seus assuntos e seleção de termos de indexação. Rio de Janeiro, ABNT, 1992.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BENTES PINTO, Virgínia. Indexação documentária: uma forma de representação do conhecimento registrado. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 223 -234, 2001.

BENTES PINTO, Virgínia. SILVA NETO, Casemiro. Representação indexal como mediação informacional em prontuário de paciente. In: BENTES PINTO, Virgínia. CAMPOS, Henry de Holanda. (Orgs.). Diálogos paradigmáticos sobre informação na área da saúde. Fortaleza: UFC, 2013.

BRASIL. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jan. 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Legislação básica do SUS. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/legislacao>. Acesso em: 04 fev. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Legis. Brasília: MS, 2015b.

BRASIL. Ministério da Saúde. Tesauro do Ministério da Saúde. Brasília: MS, 2015a.

COSTA, Ediná Alves. Vigilância Sanitária: proteção e defesa da saúde. 2. ed. São Paulo: SOBRAVIME, 2004.

CUNHA, Isabel Maria Ribeiro Ferin. Do mito à analise documentária. São Paulo: EDUSP, 1990.

CURRÁS, Emilia. Ontologias, taxonomias e tesauros em teorias de sistemas e sistemática. Brasília: Thesaurus, 2010.

DODEBEI, Vera Lucia Doyle. Tesauro: linguagem de representação da memoria documentária. Niterói: Intertexto; Rio de Janeiro: Interciência, 2002.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.

LANGE, Evanilde Pereira Salles. Estudo teórico da análise documentária, análise do conteúdo e análise do discurso: os descritores de músicas que marcam época. Revista Varia scientia, n. 01, p. 113-121, 2001.

LIMA, José. Leonardo Oliveira; ALVARES, Lilian. Organização e representação da informação e do conhecimento. In: ALVARES, Lilian. (Org). Organização da informação e do conhecimento: conceitos, subsídios interdisciplinares e aplicações. São Paulo: B4Editores, 2012.

MAKOWIECKY, Sandra. Representação: a palavra, a idéia, a coisa. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, Santa Catarina, n. 57, p. 1-25, 2003.

MORAES, Eliana Aparecida de. O poder regulamentar e as competências normativas conferidas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Revista de Direito Sanitário, Santa Catarina, n. 1, v. 2, p. 39-52, 2001.

NATIONAL Information Standards Organization. ANSI Z39.19: Guidelines for the Construction, Format, and Management of Monolingual Controlled Vocabularies. Baltimore: NISO, 2005.

NAVES, Madalena Martins Lopes. Análise de assunto: concepções, Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 20, n. 2, p. 215-226, 1996.

VIEIRA, Jessica Monique de Lira; SANTOS, Monick Trajano dos; LAPA, Remi Correia. Estudo da construção e aplicação do tesauro na recuperação da informação de teses e dissertações do programa de pós-graduação em desenvolvimento urbano. Biblionline, João Pessoa, n. esp., p. 71-80, 2010.

Downloads

Publicado

2016-12-15

Edição

Seção

RELATOS DE PESQUISA