Atravessamentos de um devir professor de uma prática á deriva
considerações de um habitante das séries iniciais sobre a biblioterapia como (in)vento para a prática literária
Resumo
O texto se configura como um atravessamento de ideias, contornadas por uma escrita cartográfica, de um devir professor que aposta na biblioterapia como invenção de prática escolar de leitura e escrita literária. Nesse sentido, tem-se como objetivo refletir a biblioterapia como um novo modo de praticar literatura na escola, partindo nesse ensejo, da ideia de leitura menor, um desdobramento deleuze-guattariano, desenvolvido por Benevutto (2017). Para isso, o texto é tecido a partir de uma pesquisa bibliográfica mergulhada ao método cartográfico (DELEUZE; GUATTARI, 1995) em que se propõe um cruzamento argumentativo, construído e retomado mediante experiências vividas, observadas e pesquisadas no território da escola pelo proponente do estudo aos pensamentos de diversos autores. Ao fim, defende-se a biblioterapia como paisagem poética que confere a escola a possibilidade de ser espaço desse acontecimento. E, mais que isso, a biblioterapia ao demonstrar-se como linha de fuga, cria-se nas práticas de vivências literárias uma aura para que tanto a escrita como a leitura literária sejam um desejo, uma degustação.
Palavras-chave: leitura literária; biblioterapia; método cartográfico.