Acessibilidade no audiovisual

as práticas comunicativas na cobertura da pandemia

Autores

  • Dr. Giovandro Ferreira Universidade Federal da Bahia
  • Juliana Linhares Brant Reis UFBA https://orcid.org/0000-0002-5942-3062
  • Dayanne Pereira Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2021v15n.60199

Palavras-chave:

Inclusão, Jornalismo, Direitos sociais, Informação, Surdos

Resumo

O objetivo deste artigo é expor o tensionamento entre as práticas comunicativas dos telejornais na cobertura da pandemia, as legislações que tratam do tema da acessibilidade no audiovisual e as demandas das pessoas com deficiência auditiva. O acesso à informação, diante de um contexto de crise sanitária, é um bem fundamental que pode ser entendido ainda como um direito à saúde. Contudo, a cobertura jornalística não tem atendido às necessidades das pessoas surdas, que precisam de recursos de tecnologias assistivas. A partir da revisão de literatura e de uma análise da circulação discursiva do tema “Coronavírus” no jornal Primeira Mão, no canal do YouTube da TV INES, foi possível perceber que a acessibilidade no direito à comunicação é uma questão de democracia e de apropriação de conhecimento e poder; e que os jornais televisivos ainda não se preocupam com a transmissão da mensagem de forma efetiva para toda a população.

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Biografia do Autor

Dr. Giovandro Ferreira, Universidade Federal da Bahia

Professor Titular da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, na qual integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas e coordena o Centro de Estudo e Pesquisa em Análise do Discurso e Midia (CEPAD) e o Centro de Estudo em Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC). Fez o doutorado e mestrado em Ciências da Informação ? Medias, no Institut Français de Presse et Communication (Université Paris 2 ? Panthéon-Assas), graduou-se em Comunicação Social (Jornalismo) na Universidade Federal do Espírito Santo e em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teorias da Comunicação, Teorias do Jornalismo e Análise do Discurso, atuando principalmente nos seguintes temas: história dos paradigmas da comunicação, história dos paradigmas do jornalismo e discurso e mídia. Pesquisador com Bolsa Produtividade do CNPq (Pq).

Juliana Linhares Brant Reis, UFBA

Mãe. Doutoranda em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Pesquisadora do grupo de pesquisas CEPAD - Centro de Pesquisas em Analise do Discurso da UFBA. Mestra em Ciências, com ênfase em Saúde, Sociedade e Ambiente, pela Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF (2017); Especialista em Docência no Ensino Superior, pela Universidade FUMEC (2012); Especialista em Mídia Eletrônica - Rádio e TV, pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UNI-BH. (2007); Bacharel em Comunicação Social/Relações Públicas pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006). 

Dayanne Pereira, Universidade Federal da Bahia

Doutoranda e mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (PósCom - UFBA) na linha de pesquisa, Mediatização e Indústria de Mídias. Pós-graduada em Comunicação Estratégica e Gestão de Marcas na UFBA. Jornalista pela Faculdade da Cidade do Salvador com pesquisa financiada pela Agência de Notícias da Infância (ANDI). Integrante do Centro de Estudo e Pesquisa em Análise do Discurso e Mídia (CEPAD/UFBA).

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Publicado

2021-12-27

Como Citar

FERREIRA, G. M.; LINHARES BRANT REIS, J.; PEREIRA DA SILVA, D. . Acessibilidade no audiovisual: as práticas comunicativas na cobertura da pandemia. Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 15, p. 21, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.2763-9398.2021v15n.60199. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/cm/article/view/60199. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Comunicação, acessibilidade e representação de pessoas com deficiência