NOVO OLHAR SOBRE O TERRITÓRIO ATINGIDO: DISCUSSÕES DO PLANO DE MANEJO DE REJEITO DA BARRAGEM DE FUNDÃO A PARTIR DA CARTOGRAFIA SOCIAL EM BARRA LONGA/MG

Autores

  • Laura Lanna Carneiro Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Bruno Milanez Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2022v16n1.63654

Resumo

A degradação socioambiental proveniente da atividade minerária se expande pelos territórios da bacia do Rio Doce a partir do rompimento da Barragem de Rejeito de Fundão. Tal desastre-crime provocou o acúmulo de rejeito da mineração de ferro ao longo da calha dos rios, como também nos espaços antes destinados a plantações e os espaços públicos de convivência do município de Barra Longa. Para decisões sobre a gestão desse rejeito foi elaborado o Plano de Manejo de Rejeito (PMR), no entanto, esse documento não apresenta nenhuma proposta em que as pessoas atingidas, usuárias da área impactada, tomem decisões sobre o que será feito. A sede municipal de Barra Longa foi a única em que a população conviveu diretamente com o rejeito em seu território. Assim, entendendo a importância dessas áreas utilizou-se da metodologia participativa cartografia social para identificar elementos não incorporados no PMR, porém, de suma importância para as pessoas atingidas, como também seus anseios, medos e costumes. Nesse sentido, as reflexões apontam a importância da utilização de metodologias participativas para melhor entendimento do território, sendo possível ainda apontar danos que estão além dos campos socioeconômicos e socioespaciais, mas que acontecem expressamente no campo simbólico e imaterial.

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Publicado

2022-07-08

Edição

Seção

Artigos