ANTIRREALISMO COMO CRÍTICA DA CIÊNCIA MODERNA

Autores

  • Fernando Sepe Gimbo Universidade Federal do Cariri

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v8i2.30923

Palavras-chave:

realismo, verdade, adequação, antirrealismo, epistemologia

Resumo

O objetivo deste artigo é argumentar a favor da relevância de uma crítica antirrealista à ciência moderna a partir da obra de Hugh Lacey (2008). Para tanto, primeiramente apresento três de seus argumentos centrais: (1) a subdeterminação das teorias científicas; (2) a invulnerabilidade das teorias aos dados empíricos; (3) a incomensurabilidade entre paradigmas diferentes. Feito isso, recupero dois argumentos que limitam o alcance da crítica antirrealista, a saber: (1) a evidência do sucesso científico; (2) o possível caráter complementar entre realismo e antirrealismo. Com esse movimento, busca-se sugerir uma justa medida racional entre as expectativas de objetividade inerentes a todo discurso científico e a crítica filosófica em torno do problema do estatuto último da verdade em ciência, compreendendo o antirrealismo não como uma tese ontológica, mas sim como uma prática crítica autônoma ao materialismo científico.

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Biografia do Autor

Fernando Sepe Gimbo, Universidade Federal do Cariri

Graduação em filosofia USP - período de intercâmbio Sorbonne (Paris IV) - mestrado em filosfia UFSCar. Atualmente prof. de filosofia Universidade federal do Cariri.

Referências

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Publicado

17-09-2017

Edição

Seção

Artigos