KANT:
O JUÍZO ESTÉTICO E O BELO NA MÚSICA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v14i2.67870Palavras-chave:
Juízo estético, Belo, Música, KantResumo
Na Crítica da Faculdade de Julgar, Kant afirma que, como arte que expressa o jogo das sensações, a música deve empregar a “linguagem dos afetos” e, assim, pertence mais à arte do agradável que às belas artes. Dessa forma, a música não poderia ser considerada propriamente uma forma superior de arte. Como arte expressa na linguagem dos afetos, a música estaria irremediavelmente vinculada às emoções e sensações que, como experiências individuais, jamais podem ser universalizadas, como requer o juízo de gosto estético. Não podendo aceder à universalização, o juízo de gosto na música seria então mais um juízo sobre o agradável que um juízo sobre o belo. No entanto, paralelamente, Kant desenvolve, também na Crítica da Faculdade de Julgar, outros argumentos em que ele atribui à música o caráter de arte como “belo jogo das sensações”, sugerindo uma hesitação quanto ao estatuto dela como forma de arte. Vamos examinar essa avaliação da música como arte formulada por Kant na Crítica da Faculdade de Julgar, em vista de entender a posição que Kant atribui a ela entre as belas artes.
Downloads
Referências
CRAWFORD, Donald W. Kant. In: GAUTE, Berys; LOPES, Dominic McIver (org.). The Routledge Companion to Aesthetics. Abingdon: Routledge, 2000. p. 51-64.
FÖRSTER, Eckart. Strawson sobre o Juízo Estético em Kant. Analytica. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, 2009, p. 13-38.
GINSBORG, Hannah. Kant In: GRACYKE, Theodore; KANIA, Andrew (org.). The Routledge Companion to Philosophy and Music. Abingdon: Routledge, 2011. p. 328-338.
KANT, Immanuel. Crítica da Faculdade de Julgar. Trad. Fernando Costa Mattos. reimp. Petrópolis: Vozes, 2018.
KANT, Immanuel. Kritik der Urteilskraft. Leipzig: Reclam, Digitale Bibliothek, v. 10.
MATHERNE, Samantha. “Kant’s Expressive Theory of Music”. In: Journal of Aesthetics and Art Criticism, vol. 72. Disponível em:
http://libgen.li/ads.php?md5=337e725e86b4b4f9663fae0630d45c38&downloadname=10.1111/jaac.12076, Acesso em: 4 nov. 2021.
TUNA, Emine Hande. “Why didn’t Kant think highly of music?”. In: Violetta L. Waibel and Margit Ruffing (org.). Natur und Freiheit: Akten des XII. Internationalen Kant-Kongresses 2015.Berlin: De Gruyter, 2018. Disponível em:
https://ehandetuna.files.wordpress.com/2019/07/why_didn_t_kant_think_highly_of_music.pdf#:~:text=To%20sum%20up%3A%20While%20it%20is%20true%20that,there%20is%20a%20certain%20consistency%20in%20his%20reasoning, Acesso em : 4 nov. 2021.
VACCARI, Ulisses Razzante. O Juízo Estético e o Sistema da Filosofia Kantiana: a Crítica do Juízo. Disponível em:
https://www.academia.edu/11697846/O_ju%C3%ADzo_est%C3%A9tico_e_o_sistema_da_filosofia_kantiana_a_Cr%C3%ADtica_do_Ju%C3%ADzo, Acesso em: 4 nov. 2021.
WEATHERSTON, Martin. 1996. Kant’s Assessment of Music in the Critique of Judgement. British Journal of Aesthetics. n. 36, v. 1, p. 56-65.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Maria Clara Cescato
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).