O SABER NA ARTE POPULAR:
REFLEXÕES SOBRE O COCO DE RODA PARAIBANO A PARTIR DO PROJETO SABERES EM RODA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v14i2.67881Palavras-chave:
Arte Popular, Coco de Roda, Saber Popular, Experiência EstéticaResumo
Este trabalho teve como finalidade investigar a experiência do coco de roda paraibano: uma dança popular, que é entendida pelos que a vivenciam como uma brincadeira. O artigo pretende pensar os elementos constituintes e as possibilidades de aprendizagem desta manifestação cultural e artística. A reflexão tomou como base a convivência virtual estabelecida com a mestra Ana do Coco, do grupo Coco de Roda Novo Quilombo (quilombos Ipiranga e Guruji - Conde/PB), no projeto de extensão Saberes em Roda, integrado à disciplina Metodologia da Música III. Ademais, a experiência de transmissão destes saberes e a virtualidade dos encontros imposta pela pandemia revelam questões interessantes: as tradições populares possuem sua força enquanto acontecimento e criação dinâmicos, e não como conhecimento histórico (cronológico), calculado e informativo. Assim, para compreender o sentido estético e a aprendizagem do coco de roda, faz-se necessário adentrar a dimensão do “saber da experiência” (BONDÍA, 2002), âmbito em que a vivência impulsiona o movimento instaurador dos saberes de um povo no mundo: experienciar é saber.
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